Astronautas votarão do espaço nas eleições presidenciais dos EUA

Cientistas em órbita, incluindo a tripulação da nave Starliner, da Boeing, terão a oportunidade de exercer seu direito de voto, mesmo estando fora da Terra

Por Plox

19/09/2024 11h24 - Atualizado há 4 meses

Em 5 de novembro, os eleitores americanos escolherão seu novo presidente e vice-presidente, e os astronautas norte-americanos na Estação Espacial Internacional (ISS) também participarão deste processo eleitoral, apesar de estarem a centenas de quilômetros de distância. A legislação do Texas, aprovada em 1997, permite que astronautas votem diretamente do espaço. David Wolf, astronauta da Nasa, foi o primeiro a fazer isso enquanto estava em missão na Estação Espacial Mir.

Foto: reprodução/ Nasa

Como funciona o sistema de votação do espaço

Para garantir a participação eleitoral dos astronautas, a Nasa utiliza a infraestrutura de Comunicações e Navegação Espacial (SCaN). Assim como outros dados transmitidos entre a Terra e a ISS, o voto é enviado por meio de Satélites de Rastreamento e Retransmissão de Dados. O sinal é captado por uma antena terrestre no Complexo White Sands, no Novo México, e segue para o Centro de Controle de Missão da Nasa, localizado no Johnson Space Center, em Houston.

De lá, o voto é encaminhado diretamente para o escrivão do condado responsável por contabilizar os votos. A confidencialidade do processo é assegurada: apenas o astronauta e o funcionário do condado têm acesso ao conteúdo da cédula.

Legislação e histórico de votação espacial

A introdução desse sistema de votação remonta a 1997, quando o estado do Texas aprovou uma lei específica que autoriza astronautas a votar em órbita. Desde então, essa prática vem sendo utilizada por astronautas que estão em missões durante períodos eleitorais. A primeira votação do tipo aconteceu quando David Wolf, em missão na Estação Espacial Mir, enviou seu voto diretamente do espaço.

Presença atual de astronautas na ISS

A tripulação atual da ISS, que inclui os cientistas a bordo da nave Starliner, da Boeing, se encontra em missão enquanto os Estados Unidos se preparam para escolher seus novos líderes políticos. Assim, esses profissionais da ciência e da exploração espacial não perderão a oportunidade de participar da escolha presidencial, graças à tecnologia que permite a transmissão segura e eficiente de seus votos.

A prática de votação no espaço é mais um exemplo de como a tecnologia avança para permitir que os direitos cívicos sejam preservados, independentemente de onde os cidadãos norte-americanos estejam — até mesmo em órbita.

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