Ministra da Saúde recomenda máscaras para combater efeitos das queimadas no Brasil
Nísia Trindade orienta o uso de máscaras e outras medidas de proteção devido à baixa qualidade do ar causada por incêndios florestais em várias regiões do país.
Por Plox
19/09/2024 09h58 - Atualizado há 4 meses
Diante do agravamento das queimadas em várias partes do Brasil, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um alerta importante à população sobre a necessidade de voltar a utilizar máscaras em áreas próximas aos focos de incêndio. A recomendação se estende especialmente para quem reside ou trabalha em regiões que estão sendo fortemente afetadas pelos incêndios, como Minas Gerais, onde a capital Belo Horizonte enfrenta sérios problemas com a qualidade do ar.
Orientações do Ministério da Saúde
Durante um evento em Belo Horizonte, Nísia Trindade detalhou as ações tomadas pelo governo. "De imediato, são orientações para as unidades de saúde, para os profissionais, para os agentes comunitários e para a população", afirmou a ministra. Segundo ela, o cenário exige a emissão de alertas emergenciais e cuidados redobrados nas áreas de risco. Ela ressaltou que a má qualidade do ar tem atingido não só Minas Gerais, mas também capitais como São Paulo e Brasília.
A ministra também enfatizou a importância de se adotar medidas preventivas em casa, no trabalho e nas escolas, como manter os ambientes umidificados e garantir que todos se mantenham hidratados. Para aqueles que precisam trabalhar ao ar livre, Nísia Trindade reforçou a necessidade de redobrar os cuidados com o uso de máscaras.
Crise de saúde pública e impacto das queimadas
As queimadas, que já afetam mais de 11 milhões de pessoas no Brasil, segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), têm gerado uma alta nos casos de internações por doenças respiratórias, com aumento de quase 28% em algumas regiões. Este cenário vem colocando ainda mais pressão sobre o sistema de saúde, que agora tem que lidar não apenas com os efeitos diretos dos incêndios, mas também com as complicações respiratórias derivadas da poluição.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, por sua vez, enfrenta dificuldades para controlar os incêndios, especialmente na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde os focos persistem há mais de nove dias consecutivos.