Jovem é preso em flagrante por matar a namorada em Minas
A mulher foi socorrida, mas não resistiu e morreu no hospital
Por Plox
19/10/2021 17h15 - Atualizado há cerca de 3 anos
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, no fim da tarde de ontem (18), um homem, de 27 anos, pelo crime de feminicídio, no município de Santa Luzia, Região Metropolitana da capital. Ele é suspeito da morte da companheira, de mesma idade. A prisão ocorreu em menos de 24 horas após a vítima dar entrada no hospital, onde morreu mesmo após receber medicação.
De acordo com a delegada Adriana das Rosa Neves, titular da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) em Santa Luzia, conforme relatos de testemunhas, na noite de domingo (17), houve um desentendimento entre o casal. Em seguida, a vítima disse que se sentia mal e, acompanhada de uma amiga, foi levada para atendimento médico. A mulher foi medicada por duas vezes e seria liberada, porém, ainda no hospital, vomitou e desmaiou. Na sequência, o quadro evoluiu para óbito.
Sinais de agressão
A delegada informa que a equipe médica verificou lesões externas na vítima, características de agressão, e acionou a PCMG. “Ao examinar o corpo, o médico-legista também identificou lesões sugestivas de morte violenta. A Delegacia de Homicídios imediatamente iniciou os trabalhos investigativos, ouviu familiares e testemunhas, ficando comprovado que o casal tinha uma relação conturbada, marcada por agressões mútuas, e que a vítima já havia sido vista com lesões e hematomas”, conta.
Adriana Neves explica que, a partir dos elementos até então levantados, a equipe de policiais civis localizou o investigado na casa da mãe dele, próximo à residência do casal, e efetuou a prisão em flagrante. “Ele nega que tenha agredido a vítima. As investigações continuam. Hoje nós localizamos roupa dela com manchas de sangue, que serão analisadas, mas todos os indícios indicam que as agressões, de fato, partiram dele”, pontua ao informar que o suspeito possui registro policial por roubo e porte de arma.
Histórico de violência
Embora não haja registro nos sistemas policiais de violência doméstica envolvendo a vítima e o suspeito, segundo explica a delegada, testemunhas e familiares narraram episódios de agressões entre eles. Adriana Neves observa, ainda, que a própria vítima não relatou à equipe hospitalar que teria sido agredida. “E isso pode, inclusive, ter prejudicado o atendimento dela”, assinala.
A delegada ressalta que os fatos envolvendo violência contra a mulher devem ser denunciados aos órgãos competentes, seja pela própria vítima ou por aqueles que têm ciência da situação. “A orientação é procurar sair desse tipo de relação, tentar se afastar do agressor. E caso não consiga, que esse casal procure ajuda. É uma relação que precisa ser tratada. A tendência é que a violência vá aumentando e chegue num ponto de levar a vítima a óbito. A violência doméstica é um problema social, não é puramente de polícia, então as pessoas que estão próximas precisam, sim, preservar a vida”, conclui.