Presidente da ALMG lança campanha “Natal Sem Fome”
Agostinho Patrus firma compromisso de mobilizar parceiros em prol de campanha de solidariedade
Por Plox
19/11/2021 15h03 - Atualizado há cerca de 3 anos
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV), assinou, nesta quinta-feira (18), a carta-manifesto de apoio à campanha “Natal Sem Fome 2021”. Com isso, até o próximo dia 17 de dezembro, a ALMG ajudará a arrecadar recursos para a compra de cestas básicas destinadas à população mais vulnerável.
“Crianças voltaram aos semáforos, cada vez mais pessoas dormem nas ruas, falta comida e a fome chegou literalmente aos ossos. Nenhum país civilizado pode aceitar a miséria passivamente”, afirmou Agostinho Patrus, no Plenário da ALMG, durante solenidade de lançamento da campanha.
Organizada pela ONG Ação da Cidadania, a iniciativa já ajudou 20 milhões de pessoas a terem um Natal digno. A entidade congrega uma imensa rede de mobilização em todo o país e promove a maior campanha contra a fome da América Latina.
Neste ano, a Associação Arebeldia Cultural, entidade parceira do Comitê Estadual da Ação Cidadania, receberá as doações. A Assembleia também recolherá diretamente doações de brinquedos novos, em postos de coleta físicos instalados na sede do Legislativo.
Em seu pronunciamento, o presidente da ALMG citou pesquisa da Universidade federal de Minas Gerais (UFMG) que estimou que cerca de 60% dos lares brasileiros sofrem com a insegurança alimentar. Em Minas Gerais, segundo levantamento da Fundação João Pinheiro, cinco milhões viviam na pobreza, mesmo antes da pandemia.
O presidente da ALMG lembrou ações da ALMG contra a pobreza, como o auxílio emergencial de R$ 600, conhecido como Força Família. Ao citar a escritora mineira Carolina Maria de Jesus, que relatou o drama da fome no livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, Agostinho Patrus criticou a “condenação ética da miséria” promovida por quem é “abastado financeiramente, mas pobre de espírito e empatia”.
“Infelizmente, é senso comum a criminalização da miséria. Esses nunca souberam o que é a vertigem da fome, conforme escreveu Carolina de Jesus. Chegaram a dizer que o auxílio criado por esta Casa seria gasto num boteco. A que ponto chegamos”, criticou.
Além de representantes de ONGs, a solenidade de adesão do Parlamento mineiro contou com executivos de veículos de comunicação, que também assinaram a carta-manifesto. A imprensa ajudará a divulgar a campanha e mobilizar a rede de solidariedade em todo o Estado.
“Com a vossa ajuda, essa ação ganha ainda mais força em prol daqueles que mais precisam de atenção. Nossa esperança é tocar o coração de todas as mineiras e mineiros”, destacou Agostinho Patrus.