Cristãos criticam manto LGBTQ+ em imagem de Nossa Senhora e cobram punições

Foto foi registrada durante romaria de grupo LGBTQ+ católico no Santuário de Aparecida.

Por Plox

19/11/2024 20h10 - Atualizado há 6 meses

Uma controvérsia envolvendo a imagem de Nossa Senhora coberta com um manto nas cores da bandeira LGBTQ+ gerou intensas reações de católicos nas redes sociais. A foto, compartilhada amplamente, foi tirada no Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, durante uma romaria organizada pela Rede Nacional de Grupos Católicos LGBTQ+ no último sábado (16). O episódio provocou críticas direcionadas à liderança do Santuário e demandas por medidas da Igreja.

Imagem foi compartilhada nas redes sociais Foto: Reprodução X Dom Bosco

Protestos contra o ato e críticas ao arcebispo
Católicos conservadores usaram as redes para expressar indignação com o ocorrido. Entre os comentários, um jornalista afirmou que o arcebispo Dom Orlando Brandes deveria ser afastado de suas funções.

– "Dom Orlando Brandes precisa ser removido da Arquidiocese e as reparações precisam ser feitas! Pressione a CNBB, o núncio e tente fazer chegar os protestos no papa Francisco" – escreveu no Threads.

O Centro Dom Bosco, conhecido por suas posições conservadoras, também se posicionou na rede X (antigo Twitter). Em tom contundente, o grupo declarou que o ato foi uma profanação e reforçou o pedido pela destituição de Dom Orlando.

– "Imagem de Nossa Senhora é profanada com manto LGBT em Aparecida! Dom Orlando Brandes precisa ser removido da Arquidiocese e as reparações precisam ser feitas! Pressione a CNBB, o núncio e tente fazer chegar os protestos no papa Francisco. Com a mãe de Deus não se brinca!" – publicou.

Santuário esclarece ausência de envolvimento
Embora a imagem tenha sido registrada no Santuário Nacional de Aparecida, a Basílica negou qualquer relação com a ação. Em nota oficial, o Santuário destacou que não tem controle sobre as romarias que ocorrem no local.

– "O Santuário Nacional é o destino semanal de mais de 300 romarias registradas e organizadas com antecedência, que peregrinam até a Basílica de Nossa Senhora para expressarem sua devoção à Padroeira do Brasil" – diz o texto.

A declaração enfatiza que as motivações dos fiéis são individuais e não são questionadas durante o registro das peregrinações. Além disso, a Basílica reforçou o tema de acolhimento da devoção mariana, destacando o espírito de misericórdia e esperança que guiará o Jubileu de 2025, com o lema “Peregrinos da Esperança”.

Romaria LGBTQ+ e o debate na Igreja
O evento que deu origem à polêmica foi uma romaria organizada por um grupo católico LGBTQ+, que publicou a imagem em suas redes sociais. Essa ação reacendeu discussões internas na Igreja sobre diversidade e respeito às diferentes expressões de fé, enquanto alas mais conservadoras reforçam a necessidade de limites para preservar a tradição.

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