Governo Lula corta drasticamente verbas publicitárias no X de Elon Musk
Redução ocorre em meio a críticas do empresário ao STF e à Presidência
Por Plox
19/11/2024 16h58 - Atualizado há 8 meses
O governo Lula promoveu uma significativa redução no investimento publicitário na plataforma X, controlada por Elon Musk, entre os anos de 2023 e 2024. A decisão coincide com o aumento das críticas públicas de Musk ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Comparação entre 2023 e 2024 revela queda brusca
Em 2023, o X ocupava uma posição de destaque no ranking de empresas que recebiam verba publicitária do governo federal. Com um repasse de aproximadamente R$ 8 milhões para campanhas de divulgação da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e de diversos ministérios, a rede social foi o quinto maior destinatário desse tipo de investimento no período.

No entanto, o cenário mudou radicalmente em 2024. Neste ano, a plataforma caiu para o 24º lugar no ranking, recebendo apenas cerca de R$ 325 mil em recursos publicitários. Além disso, a última campanha governamental veiculada no X ocorreu em abril, sinalizando o desinteresse da gestão atual em manter uma presença significativa na rede social.
Possíveis motivações para o corte
A redução drástica nos repasses ocorre em um contexto de atritos entre Elon Musk e figuras importantes do governo brasileiro. Musk, que frequentemente utiliza sua plataforma para opinar sobre assuntos políticos e judiciais, intensificou suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, além de tecer comentários negativos sobre o presidente Lula.
As informações sobre o redirecionamento das verbas publicitárias foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo e reforçam as especulações sobre uma possível retaliação governamental em resposta à postura crítica do empresário.
Impacto no alcance digital do governo
A escolha por reduzir a verba destinada ao X pode ser vista como parte de uma estratégia de comunicação que prioriza outras plataformas e mídias. Entretanto, a mudança pode também refletir um alinhamento político que busca evitar o financiamento de um espaço usado para criticar membros importantes da administração federal.