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Política
Estadão defende tratamento especial para Bolsonaro após condenação
Em editorial, O Estado de S. Paulo sugere prisão domiciliar para o ex-presidente, citando saúde frágil e risco institucional, e destaca que decisão cabe ao STF.
19/11/2025 às 08:55por Redação Plox
19/11/2025 às 08:55
— por Redação Plox
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Em editorial publicado nesta terça-feira (18), o jornal O Estado de S. Paulo argumentou que o ex-presidente Jair Bolsonaro “merece tratamento especial” em relação ao cumprimento de pena, destacando tanto o cargo que ele ocupou quanto as condições de saúde do político.
Jair Bolsonaro
Foto: Carolina Antunes/ PR
Reflexão sobre o impacto de prender um ex-presidente
O veículo classifica o contexto como uma “hora grave”, ressaltando que a prisão de um ex-presidente da República exige do juiz uma análise que vai além da punição individual. Segundo o texto, a decisão de onde Bolsonaro cumprirá a pena caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator de ação penal no Supremo Tribunal Federal. O editorial salienta a necessidade de senso de justiça, prudência institucional e respeito às prerrogativas do cargo na definição do local da prisão.
Preocupação com saúde e riscos no sistema penitenciário
O jornal alerta para o risco de um desfecho grave caso Bolsonaro seja levado ao Complexo Penitenciário da Papuda. O editorial frisa que o ex-presidente, debilitado após múltiplas cirurgias decorrentes do atentado a faca, necessita de cuidados médicos contínuos difíceis de ser realizados no sistema penitenciário. Para o jornal, prender um ex-chefe de Estado na Papuda, considerada uma das prisões mais degradadas do país, seria uma decisão imprudente, com potencial para precipitar uma crise de dimensões imprevisíveis diante de qualquer agravamento clínico de Bolsonaro.
Argumentos baseados em casos anteriores
O periódico faz referência ao precedente da prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cela especial na Polícia Federal em Curitiba e ao caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello, que cumpre prisão domiciliar devido a questões de saúde. O editorial do Estadão aponta que o caso de Bolsonaro se assemelha a essas situações, defendendo que a prisão domiciliar seria adequada ao quadro do ex-presidente e não representa indulgência, pois trata-se de uma medida também restritiva de liberdade.
Condenação e consequências políticas
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.