Política

Vice-governador fala ao PLOX sobre investimentos no Vale do Aço e cenário político

Plano Estadual de Ação em Saúde do Acordo de Reparação do Rio Doce prevê recursos imediatos para 38 municípios, enquanto dívida de cerca de R$ 50 milhões da Prefeitura de Ipatinga com o Hospital Márcio Cunha ameaça atendimentos pelo SUS

19/11/2025 às 20:08 por Redação Plox

O governo de Minas Gerais anunciou, em Ipatinga, no Vale do Aço, o Plano Estadual de Ação em Saúde do Acordo de Reparação do Rio Doce, que vai destinar de imediato cerca de R$ 220 milhões aos 38 municípios atendidos. O anúncio foi feito na quinta-feira (13), em evento no Parque Ipanema, com a presença do governador Romeu Zema e do vice-governador Mateus Simões. Durante o evento, Romeu Zema mencionou que faltam cerca de 140 dias para deixar o cargo, já que é pré-candidato à Presidência da República. Mateus Simões, por sua vez, deixou o partido Novo e se filiou ao PSD no fim de outubro, posicionando-se como pré-candidato ao governo de Minas. Em entrevista ao vivo ao PLOX, o vice-governador comentou o cenário político e os novos investimentos do Estado na região do Vale do Aço.


Plano de saúde ligado à reparação do Rio Doce

O Plano Estadual de Ação em Saúde integra as medidas do acordo de reparação pelo desastre do Rio Doce e prevê a aplicação imediata dos recursos nos 38 municípios beneficiados. A iniciativa busca fortalecer a rede de saúde pública regional e ampliar a capacidade de atendimento em cidades impactadas direta ou indiretamente.

Os investimentos foram apresentados como uma resposta estruturante às demandas históricas de saúde na região, com foco em melhoria de infraestrutura, atendimento e serviços prestados à população.

Dívida entre Prefeitura de Ipatinga e Hospital Márcio Cunha

Outro tema em destaque é a dívida milionária da Prefeitura de Ipatinga com o Hospital Márcio Cunha (HMC). Nesta quarta-feira (19), diretores da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), mantenedora do HMC, se reuniram com a imprensa para detalhar o passivo, estimado em cerca de R$ 50 milhões, que, segundo a instituição, foi acumulado pela administração municipal em 2025.

O débito, divulgado pela Fundação no início do mês, veio acompanhado de um alerta sobre o risco de suspensão dos atendimentos a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A situação acendeu um sinal de preocupação na região, que tem o hospital como referência em diversos tipos de atendimento.

Negociações e cenário financeiro em Ipatinga

A Prefeitura de Ipatinga afirma enfrentar um cenário de restrição financeira e, em nota publicada em 5 de novembro, informou estar em negociação com o Governo de Minas Gerais para regularizar valores referentes a repasses antigos da saúde, que somam aproximadamente R$ 78 milhões.

Esses recursos, segundo a administração municipal, seriam fundamentais para equacionar parte das dívidas com a rede de saúde, incluindo o Hospital Márcio Cunha, e evitar impactos mais graves no atendimento à população.

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