Dólar pode cair com aprovação de medidas de corte de gastos
Vice-presidente destacou o compromisso do governo Lula com a responsabilidade fiscal e acredita que o câmbio será impactado de forma positiva.
Por Plox
19/12/2024 07h30 - Atualizado há 5 meses
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (18) que a aprovação das medidas de contenção de gastos do governo federal, que estão em tramitação no Congresso Nacional, pode resultar na queda do valor do dólar. A declaração foi dada após um evento voltado aos direitos das mulheres, realizado no Palácio do Planalto.
Segundo Alckmin, o governo liderado pelo presidente Lula tem um compromisso firme com a responsabilidade fiscal, e isso pode impactar o câmbio de forma positiva. "O governo brasileiro, o governo do presidente Lula, tem compromisso com a responsabilidade fiscal. Então, acredito que, com a aprovação das medidas do governo, de contenção de gastos, tende a cair a questão do câmbio, reduzindo o preço do dólar", declarou o vice-presidente.

Medidas em tramitação no Congresso
O chamado pacote fiscal do governo federal está sendo analisado pela Câmara dos Deputados nesta semana e, em seguida, precisará passar pelo crivo do Senado. A expectativa do governo é que as medidas sejam aprovadas ainda neste ano.
No mercado financeiro, o clima é de apreensão. Desde que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a combinação de isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 com as ações de corte de despesas, operadores têm demonstrado preocupação com o cenário fiscal. Na terça-feira (17), o dólar encerrou o dia cotado a R$ 6,27, refletindo a volatilidade gerada pelas incertezas em torno das contas públicas.
Reforma tributária avança no Congresso
Alckmin também classificou como "histórica" a aprovação do projeto que regulamenta a reforma tributária. De acordo com o vice-presidente, o texto foi aprimorado pela Câmara dos Deputados, que conseguiu reduzir o valor do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).
A proposta de regulamentação da reforma tributária foi aprovada em caráter definitivo na Câmara e agora segue para sanção presidencial.