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Economia
Governo Zema ultrapassa limite de gastos com pessoal e recebe alerta do TCE-MG
Tribunal cobra explicações do governador, enquanto oposição adota postura cautelosa à espera de parecer final
19/12/2024 às 10:47por Redação Plox
19/12/2024 às 10:47
— por Redação Plox
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O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) emitiu um alerta ao governador Romeu Zema (Novo) após constatar que o limite de gastos com pessoal foi ultrapassado em 2024. O conselheiro Agostinho Patrus foi responsável pela decisão, comunicada nesta quarta-feira (18), que exige explicações do governo estadual sobre o cenário financeiro.
De acordo com o TCE-MG, o Executivo mineiro comprometeu R$ 49,67 bilhões com despesas de pessoal, o que representa 50,12% da Receita Corrente Líquida Ajustada do segundo quadrimestre de 2024, fixada em R$ 99,12 bilhões. O percentual supera o teto de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Diante disso, Patrus determinou o envio de um alerta ao governo.
"O Poder Executivo Estadual atingiu o montante de R$ 49.676.872.960, correspondente a 50,12% da Receita Corrente Líquida Ajustada. Tal percentual extrapola o limite máximo de 49% previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal. Dessa forma, na condição de Relator do Balanço Geral do Estado referente ao exercício de 2024, voto pela emissão de Alerta à atual gestão do Governo do Estado de Minas Gerais, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Governador", registrou Agostinho Patrus.
O TCE-MG destacou que, a partir de agora, o governo deverá adotar medidas para ajustar o planejamento orçamentário e financeiro do Estado, a fim de se adequar à LRF.
Agostinho PatrusALMG
Orçamento de 2025 mantém previsão de gastos acima do limite
O alerta do TCE-MG foi publicado no mesmo dia em que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou o orçamento do Estado para 2025. O projeto, elaborado pelo próprio governo, já projeta novo descumprimento da LRF. Para o próximo ano, a previsão é de que os gastos com pessoal atinjam 51,05% das receitas correntes líquidas, ultrapassando mais uma vez o teto de 49% estabelecido na legislação fiscal.
Oposição prefere cautela e aguarda parecer final
Diante da situação, o presidente do PT em Minas e deputado estadual Cristiano Silveira optou por uma postura cautelosa, afirmando que o julgamento sobre o cumprimento ou não da LRF caberá ao Tribunal de Contas. Para ele, a análise precisa considerar a execução completa das despesas.
"A análise será mais apurada pelos órgãos de controle, como o Tribunal de Contas, que vai dizer, em definitivo, se houve realmente um descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. Acho que, antes de analisar toda a execução das despesas, a gente pode estar sendo um pouco prematuro na avaliação realmente desses cumprimentos. Será um parecer do tribunal, vai nos ajudar a entender melhor qual foi, caso tenha ocorrido, o descumprimento e em qual rubrica", afirmou Silveira.
Relatório do Tesouro Nacional confirma irregularidades
O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do Tesouro Nacional, divulgado no início de dezembro, já havia apontado o descumprimento da LRF por parte de Minas Gerais. Segundo o documento, o Estado e o Rio Grande do Norte (com índice de 58,26%) foram os únicos a superar o limite de gastos com pessoal no Brasil.
Decisão estabelece que instituições financeiras devem ressarcir clientes prejudicados por fraudes se houver deficiência na proteção de dados ou falha em detectar operações atípicas.
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