Funcionários dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado em nove estados brasileiros, após assembleias sindicais aprovarem a paralisação diante do impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho. O movimento começou na noite de terça-feira (16) e envolve unidades em diferentes regiões do país.
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Ao todo, 12 sindicatos aderiram imediatamente à greve, enquanto outras 24 entidades permanecem em estado de alerta, com indicativo de paralisação a partir de 23 de dezembro caso não haja avanço nas tratativas com a empresa. A mobilização atinge estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Ceará, Paraíba, Mato Grosso e Santa Catarina.
A categoria alega que a estatal não apresentou uma proposta que contemple reposição da inflação, reajuste salarial e manutenção de benefícios considerados históricos. Entre as principais demandas, estão o adicional de 70% nas férias, o pagamento de 200% para trabalho aos finais de semana e a retomada do benefício extra conhecido como vale-peru no fim do ano.
Em nota, os Correios informaram que a adesão ao movimento é parcial e localizada, destacando que cerca de 91% do efetivo segue em atividade em todo o país. A empresa afirma ter adotado medidas contingenciais para reduzir os impactos da paralisação e garantir a continuidade dos serviços essenciais, especialmente no período de alta demanda próximo ao Natal.
A estatal também ressalta que mantém diálogo aberto com as representações dos trabalhadores, com mediação do Tribunal Superior do Trabalho, na tentativa de encontrar uma solução para o impasse.
O movimento acontece em um contexto de dificuldades financeiras enfrentadas pelos Correios, apontado pela empresa como um dos obstáculos para atender integralmente às reivindicações dos empregados. Sem previsão de encerramento, a greve pode afetar a entrega de cartas e encomendas em diferentes regiões do país, com possíveis atrasos na prestação dos serviços.
