Política

PF conclui que Bolsonaro tem hérnia inguinal bilateral e afasta necessidade de cirurgia urgente

Laudo do Instituto Nacional de Criminalística, entregue ao ministro Alexandre de Moraes no STF, aponta que ex-presidente precisa de cirurgia eletiva e relaciona crises de soluço a possível bloqueio do nervo frênico

19/12/2025 às 18:01 por Redação Plox

A Polícia Federal (PF) concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e precisa passar por cirurgia. A avaliação foi feita por uma junta do Instituto Nacional de Criminalística.

Ex-presidente está preso desde o dia 22 de novembro

Ex-presidente está preso desde o dia 22 de novembro

Foto: STF


O laudo foi entregue nesta sexta-feira (19) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro está preso desde 22 de novembro.

Laudo aponta necessidade de cirurgia em caráter eletivo

De acordo com a perícia, a intervenção cirúrgica é necessária, mas em caráter eletivo, ou seja, sem urgência imediata. Segundo a PF, o procedimento não é emergencial, como sustentou a defesa do ex-presidente.

Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado JAIR MESSIAS BOLSONARO é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo. Laudo da Junta Médica pericial do Instituto Nacional de Criminalística

O relatório também registra que o quadro de soluços frequentes estaria relacionado a um bloqueio do nervo frênico. O documento assinala que um procedimento médico deve ser realizado “o mais breve possível”.

Histórico de exames e evolução do quadro clínico

O laudo descreve a evolução do quadro de saúde de Bolsonaro ao longo de 2025. Em 16 de agosto, um exame tomográfico de abdome não identificou alterações herniárias na parede abdominal. Já em 7 de novembro, relatório clínico passou a indicar hérnia inguinal unilateral, diagnóstico mantido em documento de 9 de dezembro.

Posteriormente, a ultrassonografia realizada em 14 de dezembro, somada ao exame físico feito pelos peritos da PF, confirmou a existência de hérnia inguinal bilateral, condição que embasa a recomendação cirúrgica.

Decisão de Moraes e pedido da defesa

Em 11 de dezembro, Alexandre de Moraes determinou que a PF submetesse o ex-presidente a perícia médica em até 15 dias. A decisão foi tomada após o ministro considerar que os exames apresentados pela defesa não eram atuais e que era necessária uma avaliação independente sobre a necessidade da cirurgia.

Dias antes, os advogados de Bolsonaro haviam pedido a transferência do ex-presidente para prisão domiciliar, alegando piora no quadro de soluços e necessidade de acompanhamento médico mais adequado.

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