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Política
Silas Malafaia acusa Flávio Bolsonaro de explorar fragilidade de Jair Bolsonaro para se fazer candidato a presidência
Pastor afirma que senador aproveitou prisão do pai para obter aval à candidatura presidencial e defende Tarcísio como melhor nome da direita
19/12/2025 às 07:19por Redação Plox
19/12/2025 às 07:19
— por Redação Plox
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O pastor Silas Malafaia acusou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) de se aproveitar de um momento de fragilidade emocional do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, para arrancar dele o aval a uma candidatura presidencial em 2026. Segundo o pastor, o episódio teria ocorrido durante a prisão do ex-mandatário, em um contexto que ele classifica como de perseguição política. A crítica foi feita em vídeo publicado nas redes sociais de Malafaia nesta quinta-feira (18).
Pastor Silas Malafaia
Foto: Redes sociais
Crítica ao gesto de Flávio Bolsonaro
No vídeo, Malafaia afirma que uma coisa é o ex-presidente e outra são seus familiares. Ele ressalta que a disputa presidencial não deveria ser tratada como um assunto de herança familiar, mas como uma decisão que envolve o futuro do país. O pastor acusa o senador de ter ido visitar o pai preso, em um momento em que Bolsonaro estaria emocionalmente fragilizado, e de ter usado essa condição para obter o aval para a candidatura em 2026.
Malafaia também questiona a forma como o anúncio foi feito. Segundo ele, faltou estratégia política a Flávio Bolsonaro ao optar por divulgar o endosso do pai por meio das redes sociais, sem antes discutir o tema com seu partido ou com lideranças do chamado centrão.
Vídeo: Redes sociais
Pastor Silas Malafaia crítica Flavio Bolsonaro
Questionamento sobre “musculatura política”
Ao analisar o cenário político da direita, o pastor diz que não considera Flávio Bolsonaro um incompetente, mas avalia que o senador não teria, neste momento, a musculatura política necessária para disputar a Presidência da República. Ele sustenta que a direita não conseguirá vencer uma eleição sem alianças com o centro, e coloca esse ponto como central na discussão sobre quem deve liderar o campo oposicionista em 2026.
Nessa linha, Malafaia menciona que Jair Bolsonaro teria, no máximo, entre 25% e 40% dos votos, e observa que tanto governos do PT quanto o próprio governo Bolsonaro dependeram do centro para governar. Ele cita a presença de políticos desse campo em ministérios estratégicos durante a gestão do ex-presidente, para argumentar que ninguém chega ao poder sem composições políticas amplas.
Centro político e disputas eleitorais
O pastor critica o que chama de “falso puritanismo” em relação a alianças com o centro e afirma que, como esses grupos são eleitos pelo povo, qualquer governo terá de lidar com eles. Para ele, a viabilidade eleitoral da direita passa necessariamente pela construção de acordos com o centro, reproduzindo a lógica que marcou as últimas gestões federais.
Ele reforça a ideia de que nenhum candidato de direita conseguirá vencer uma eleição nacional sem dialogar e compor com partidos de centro, e usa exemplos de alianças políticas do passado para sustentar sua posição.
Tarcísio como melhor nome “no momento”
Ao apontar alternativas para 2026, Malafaia defende que o melhor nome hoje seria o governador Tarcísio de Freitas, a quem atribui “musculatura política” para liderar a direita em uma disputa presidencial. Ele indica que considera Tarcísio mais preparado, no cenário atual, do que Flávio Bolsonaro para encabeçar uma candidatura.
O pastor afirma ainda que pretende continuar tratando do tema em novos vídeos e pede que o debate seja feito em torno de ideias, sem xingamentos ou ataques pessoais, reiterando sua visão de que o momento exige discussão estratégica sobre o futuro da direita e do país.