Própolis pode reduzir tempo de internação por Covid-19, diz pesquisa

Ensaio clínico, que contou com 124 pessoas, foi divulgado no site da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto

Por Plox

20/01/2021 14h25 - Atualizado há cerca de 3 anos

Na última semana, uma pesquisa divulgada no site da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, mostrou que a utilização de própolis pode reduzir o tempo de internação de pacientes com Covid-19.

Além de reduzir o tempo de internação, em alguns casos, chegando a metade do tempo internado, o própolis poderia ajudar na redução das lesões renais e inflamações.

A substância colhida das abelhas, bastante conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias, foi usada em um pequeno ensaio clínico, no Hospital São Rafael, em Salvador-BA. O ensaio contou com 124 participantes hospitalizados na unidade de saúde.

O ensaio foi liderado pelo pesquisador Marcelo Silveira. Ele afirmou para uma emissora de TV que, o uso do própolis não se trava de prevenção da doença, mas sim parte do tratamento após ser infectado pelo novo coronavírus.

O estudo

De acordo com os dados do estudo, todos os pacientes fizeram o tratamento padrão, sendo que 40 pessoas receberam 400 mg/dia de própolis; 42 receberam 800 mg/dia de própolis; e 42 não receberam própolis.

Os grupos que não receberam própolis ficaram 12 dias internados, já nos pacientes que receberam a substância, via oral, o tempo médio de hospitalização foi de seis a sete dias.

Os pesquisadores acreditam que a redução do tempo de internação se deu porque o própolis pode interferir em uma proteína que está envolvida no processo de entrada e disseminação do vírus no corpo, assim como na ancoragem do vírus na proteína que auxilia sua entrada nas células.

Além disso, o estudo observou uma menor incidência de lesões renais entre os pacientes que ingeriram 800 mg por dia. O grupo de controle apresentou 23,8% de lesões, contra 4,% entre os que ingeriram a maior dosagem de própolis. As lesões renais podem ser um fator de risco para os infectados com o Sars-Cov-2.

De acordo com os pesquisadores, o próximo passo será a realização de um ensaio clínico maior, com uso de placebo, envolvendo um grupo maior de pacientes.
 

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