Destaques: curva de contagio no Brasil imita Itália, que teve de 627 mortes em um dia e mais
Por Plox
20/03/2020 21h02 - Atualizado há mais de 4 anos
Confira as notícias que foram destaque no Brasil e no mundo nesta sexta-feira (20).
Somente nesta sexta-feira, 627 morreram em consequência da pandemia de coronavírus na Itália.
Uma das circunstâncias que tem preocupado as autoridades brasileiras e a população, é o ritmo de crescimento da epidemia, que no território brasileiro segue a mesma curva de crescimento que ocorreu na Itália.
Se o número de contaminação não for interrompido imediatamente, os estudiosos afirmam que o Brasil também poderá ter milhares de pessoas mortas dentro de poucos dias.
Ainda segundo esses estudos, a única opção para evitar as mortes no Brasil seria a adoção imediata de medidas de isolamento da população e cuidados extremos com a higiene.
O professor Roberto Kraenkel, do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual de São Paulo, a Unesp, é um dos que endossam as conclusões do estudo, que envolveu sete universidades e profissionais de diversas áreas.
A Espanha é outro país onde a epidemia não para de se alastrar. O número de mortos já passou de mil. Depois da Itália, é o segundo país na Europa em número de mortes.
O governo espanhol determinou o fechamento de vários hotéis e muitos deles serão usados como leitos para os doentes. Além disso, o Ministério da Saúde informou que o exército vai montar um hospital de campanha com 5.500 leitos, também para acolher os doentes, em um centro de convenções de Madri.
As ruas de Barcelona estão praticamente vazias, lojas foram fechadas e os supermercados funcionam com poucos clientes ao mesmo tempo para que as pessoas não se aproximem umas das outras.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, voltaram a dar mais detalhes sobre a pandemia no país.
Em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (20), eles alertaram para o perigo de que ações com intuito de interromper a epidemia possam causar uma paralisação do país, principalmente nas áreas de saúde.
O próprio ministro da Saúde deu um exemplo de que um fechamento de uma determinada estrada estadual iria impedir o funcionamento de uma fábrica de oxigênio e outra de cloro, itens muito importantes para o tratamento de pessoas doentes.
O ministro também destacou que o governo está tomando medidas que não foram tomadas na Itália para evitar um colapso do sistema de saúde. Mandetta também destacou que a faixa etária do Brasil é diferente da faixa etária da Itália, país onde existem muitas pessoas idosas, que são os mais frágeis diante dessa epidemia, destacou ministro.
Outro ponto em destaque durante entrevista é que o Brasil é um país de dimensão continental, portanto as iniciativas para tratar a epidemia precisam ser diferentes de região para região.
O ministro citou como exemplo a região do Amazonas onde não existe praticamente nenhum caso. Já a região do Sul do Brasil, de acordo com o ministro, é a região que mais inspira cuidados, pois lá a população é mais idosa.
Ficou evidente durante a entrevista de Bolsonaro dos ministros é o receio da paralisação de atividades que segundo eles possam prejudicar até mesmo o combate à epidemia.