Bolsonaro e outros 16 são indiciados por fraude em certificados de vacina

A Polícia Federal apura envolvimento do ex-presidente e associados em falsificação de dados de vacinação contra Covid-19.

Por Plox

20/03/2024 08h10 - Atualizado há 4 meses

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 pessoas por suposta participação em um esquema de fraude de dados de vacinação contra a Covid-19. As acusações, que incluem associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas públicos, poderiam levar a penas de até 15 anos de prisão para o ex-mandatário. A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu um prazo de 15 dias pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para decidir se apresenta ou não as acusações formalmente.

 

Evidências e Depoimentos

Entre as evidências contra Bolsonaro está o testemunho do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, obtido através de colaboração premiada. Cid alega que, a pedido de Bolsonaro, efetuou a falsificação dos registros de vacinação dele e de sua filha, Laura Bolsonaro. A investigação aponta que o ex-presidente teria instruído o militar a gerar cartões de vacinação falsificados após descobrir que Cid possuía documentos adulterados em nome de familiares.

Contexto e Implicações

O inquérito da Polícia Federal também explora a possibilidade de que a fraude nos certificados de vacinação tivesse o objetivo de facilitar viagens internacionais para Bolsonaro e seus associados, potencialmente evitando restrições impostas a não vacinados. Esta investigação insere-se em um contexto mais amplo de escrutínio sobre as ações e políticas do ex-presidente relacionadas à gestão da pandemia da Covid-19 no Brasil.

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