Defesa de Bolsonaro reage a indiciamento por fraude em vacinação

Advogados do ex-presidente negam necessidade de comprovantes vacinais falsos para viagens aos Estados Unidos.

Por Plox

20/03/2024 09h30 - Atualizado há 4 meses

Os advogados de Jair Bolsonaro emitiram uma nota contestando o indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal (PF) em relação a acusações de fraude em certificados de vacinação contra a Covid-19. A defesa argumenta que, devido à posição diplomática de Bolsonaro enquanto presidente, ele não requeria comprovante vacinal para adentrar os Estados Unidos, país mencionado especificamente como destino sem a exigência de tal documentação.

 Wajngarten e Bolsonaro  Valter Campanato/Agência Brasil

Argumentos da Defesa

A nota, redigida por Paulo da Cunha Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten, afirma que Bolsonaro nunca instruiu ou teve conhecimento de ações dos assessores para a criação de certificados vacinais ideologicamente falsos. Os advogados enfatizam a autonomia nas ações de terceiros, mencionando que qualquer medida tomada em relação aos certificados de vacinação do ex-presidente e sua filha foi feita sem seu consentimento ou conhecimento. A defesa reitera a ausência de provas que liguem Bolsonaro a condutas ilícitas e sublinha a inexistência de motivos para tal fraude.

Contexto da Investigação

A investigação da PF identificou que o tenente-coronel do Exército Mauro Cid teria solicitado a fabricação dos comprovantes vacinais falsos ao ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, ambos indiciados no processo. A polícia sugere que o esquema visava beneficiar indivíduos próximos a Bolsonaro durante uma viagem aos Estados Unidos em dezembro de 2022. Essa viagem coincidiu com a posse presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, evento do qual Bolsonaro optou por não participar.

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