Mobiliário do Alvorada considerado desaparecido é encontrado no próprio palácio

Acusações entre gestões dão lugar ao esclarecimento da localização de 261 itens, encerrando controvérsia sobre patrimônio

Por Plox

20/03/2024 13h55 - Atualizado há 4 meses

Após um período marcado por acusações e controvérsias, o governo federal esclareceu que os 261 itens de mobiliário do Palácio da Alvorada, previamente dados como desaparecidos, foram localizados dentro das próprias dependências da residência oficial da Presidência da República, em Brasília. A descoberta põe fim a uma sequência de alegações que haviam sido direcionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, por supostamente extraviarem esses bens.

 

Origem da Disputa

O desentendimento começou com o relato de Lula e Janja da Silva, que, ao início do terceiro mandato de Lula, denunciaram o sumiço desses bens, apontando o dedo ao casal Bolsonaro. Esse episódio levou à compra emergencial e sem licitação de mobiliário de luxo para a residência, envolvendo despesas significativas, como R$ 65 mil em um sofá e R$ 42 mil em uma cama de casal, justificadas pela necessidade de reposição dos itens supostamente extraviados.

A Confusão dos Móveis

Inicialmente, a administração de Lula indicou a ausência de 261 peças, número que posteriormente foi revisado para 83. Durante o processo, a assessoria de imprensa da Presidência havia informado dificuldades em concluir um levantamento completo, o que atrasou a entrega de um relatório detalhado. Contudo, um pedido recente de Lei de Acesso à Informação (LAI) feito pelo jornal Folha de S.Paulo possibilitou o acesso aos dados completos, revelando que os itens estavam dispersos por várias partes do palácio.

Resolução e Reações

A resposta oficial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, que identificou os móveis "nas diversas dependências" do Alvorada, alinha-se às declarações prévias de Michelle Bolsonaro. Ela havia sugerido que os objetos estavam armazenados e insinuou que a acusação de sua família fazer desaparecer com o patrimônio público era um uso político da situação por parte de Lula e Janja.

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