Mulher pula de prédio para fugir de feminicídio; agressor segue foragido em MG
Empresária de 31 anos saltou de uma altura de sete metros para escapar do companheiro, que tentava esfaqueá-la. Agressor monitorou a vítima no hospital e segue ameaçando-a nas redes sociais.
Por Plox
20/03/2025 11h12 - Atualizado há 4 meses
A empresária Jhenipher Sabriny de Oliveira, de 31 anos, sobreviveu a uma tentativa brutal de feminicídio ao pular do segundo andar de um prédio para escapar do então companheiro, um homem de 32 anos, que tentava matá-la com uma faca. O crime aconteceu em Minas Gerais, e o suspeito segue foragido.

O caso ocorreu em fevereiro deste ano, quando o agressor, supostamente sob efeito de drogas, exigiu da vítima R$ 10 mil da conta da empresa onde ambos trabalhavam. Após negar o pedido, a empresária passou a ser ameaçada de morte dentro da residência do casal.
De acordo com o relato da vítima à polícia, o homem pegou uma faca e avançou contra ela. Em um momento de distração dele, Jhenipher pulou da janela do quarto, caindo de uma altura de sete metros. A queda lhe causou múltiplas fraturas nos braços e nas pernas.
Vizinhos acionaram o socorro, mas o agressor desceu rapidamente, pegou a vítima nos braços e a colocou em um carro, alegando que a levaria ao hospital.

No caminho, Jhenipher avistou uma viatura da Polícia Militar e, desesperada, colocou um dos braços para fora do carro em busca de ajuda. Os policiais interceptaram o veículo e questionaram o agressor, que afirmou estar levando a mulher para atendimento médico. No hospital, a empresária ficou internada por 12 dias, e o suspeito permaneceu o tempo todo ao seu lado, impedindo visitas de familiares.
“Eu fiquei 12 dias com ele no hospital, ele não deixava ninguém ficar comigo. Por medo, eu omiti esse caso esse tempo todo, porque vejo na televisão que a vítima quando pede ajuda, nem sempre tem sucesso. O agressor ainda termina de matar”, desabafou a empresária.
Depois de receber alta, Jhenipher solicitou medida protetiva contra o agressor, que continua foragido e, segundo ela, ainda faz ameaças por meio de redes sociais. O caso foi denunciado ao Ministério Público de Minas Gerais e à Polícia Civil. Um mandado de prisão contra o suspeito foi emitido no dia 10 deste mês, mas ele ainda não foi localizado.
A empresária, que segue em tratamento para recuperação das lesões, fez um apelo para que casos como o dela não fiquem impunes. “Eu poderia não estar mais aqui. Estou toda quebrada, mas eu tenho voz. Eu não quero ser apenas mais um número”, declarou.