STF condena Daniel Silveira por declarações feitas

Deputado teve 10 votos a favor da condenação e um contra

Por Plox

20/04/2022 20h06 - Atualizado há mais de 2 anos

Na noite desta quarta-feira (20), o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) foi condenado em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília-DF. Daniel recebeu 10 votos em favor da condenação e um para absolvição.

Alexandre de Moraes, relator do processo, votou pela condenação a oito anos e nove meses de prisão, em regime fechado. Apenas o ministro Nunes Marques votou pela absolvição do deputado. André Mendonça votou por condenação, porém, com uma pena de dois anos e quatro meses.
 

Foto: Câmara dos Deputados


O início do julgamento atrasou em mais de uma hora, devido ao advogado de Daniel Silveira, Paulo César Faria, não apresentar comprovante de vacinação e se recusar a fazer o teste de Covid-19.

Daniel Silveira tentou acompanhar presencialmente o julgamento no plenário, mas foi barrado, juntamente com Eduardo Bolsonaro. Uma regra atual do Supremo, por conta da pandemia, libera o acesso ao local somente a ministros, servidores e advogados que atuem em processos na sessão. 
Antes do julgamento, Daniel Silveira discursou na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (20), onde disse que ficou preso 11 meses, sem cometer crime e atacou o ministro Alexandre de Moraes.

Alexandre mores é a relator do processo. Foto: Agência Brasil


“Fiquei 11 meses no presídio. Onze meses, sem crime. Mas acho que eu estava mais livre. Porque o menor presídio do mundo é a toga do ministro Alexandre de Moraes, só cabe um marginal. É muito complicado que se tenha pessoas dessa estirpe dentro do Supremo Tribunal Federal, atropelando a Constituição”, falou Silveira.
Daniel Silveira é réu em uma ação do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga a sua participação em atos supostamente antidemocráticos e supostos  ataques às intuições brasileiras, dentre elas o próprio STF.
O deputado foi preso por divulgar um vídeo com ameaças a ministros do STF. Ele foi liberado em novembro de 2021. Por não cumprir a proibição de acesso às redes sociais, de contato com outras pessoas investigadas em inquéritos das fake news e também de locomoção após ser solto, ele foi obrigado a colocar o equipamento de monitoramento eletrônico. Após recusar, em 31 de março deste ano, ele colocou a tornozeleira eletrônica, sob pena de multa diária e bloqueio de bens.

 

Atualizada às 20h55
 

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