20 de abril: 15 anos da trágica aventura do "Padre do Balão"

Adelir sonhava em ficar 20 horas no ar para superar o recorde de dois americanos que haviam voado por 19 horas usando balões de gás hélio

Por Plox

20/04/2023 13h12 - Atualizado há cerca de 2 anos

Há 15 anos, no dia 20 de abril de 2008, o padre Adelir de Carli se lançou aos céus com uma cadeira sustentada por 1.000 balões de gás hélio em Paranaguá, Paraná. A ousada aventura, que visava arrecadar fundos para construir um hotel para caminhoneiros, acabou marcando a memória dos brasileiros, tornando Adelir conhecido como o "padre do balão".

Adelir, que já era um paraquedista experiente, pretendia voar a bordo dos balões para chamar a atenção e financiar as obras de um espaço de descanso para motoristas que passavam pela cidade portuária. Antes do trágico voo, o padre chegou a realizar um trajeto de 25 km entre Paraná e Argentina com sucesso.

Padre Adelir estava com equipamento completo de voo, incluindo paraquedas, capacete, telefone por satélite e aparelho GPS". Foto: Reprodução/TV Globo.

 

Em busca do recorde

Adelir sonhava em ficar 20 horas no ar para superar o recorde de dois americanos que haviam voado por 19 horas usando balões de gás hélio. Com um equipamento completo, incluindo "paraquedas, capacete, telefone por satélite e aparelho GPS", Adelir decolou sob chuva e tempo instável, determinado a alcançar seu objetivo.

atingir 5.800 metros de altitude, o padre perdeu contato com as autoridades, mencionando más condições climáticas e problemas com seu GPS. O último contato com a Polícia Militar ocorreu à noite, quando ele estava a cerca de 25 quilômetros de São Francisco do Sul, em Santa Catarina.

Adelir já havia voado com balões de gás hélio e tinha experiência como paraquedista. Foto: Reprodução/RPC.

Busca e descoberta trágica

Adelir foi considerado desaparecido por meses, enquanto diversas equipes de busca vasculhavam o litoral brasileiro. Em 4 de julho de 2008, restos mortais do padre foram encontrados no mar, próximo à costa de Maricá, no Rio de Janeiro. Um exame de DNA confirmou a identidade de Adelir, e seu corpo foi sepultado em sua cidade natal, Ampére.

Homenagens e legado

O corpo do padre foi recebido com aplausos em Paranaguá, onde fiéis realizaram uma vigília na Paróquia São Cristóvão. Uma missa em homenagem ao religioso também foi celebrada, lembrando sua luta pelos direitos humanos e seu trabalho com a Pastoral Rodoviária, um projeto de prestação de serviços aos caminhoneiros que trafegavam na região.


 

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