Bebê é abandonado, atacado por cães e encontrado com parte da orelha e dos pés amputados

Recém-nascido foi encontrado com parte da orelha e dos pés amputados em Angelândia. Três pessoas da mesma família estão detidas por tentativa de homicídio qualificado.

Por Plox

20/04/2025 14h04 - Atualizado há 4 dias

Um recém-nascido foi encontrado em estado grave após ter sido abandonado em um lote vago e atacado por cães, em Angelândia, município do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. O caso chocante ocorreu no sábado (19), quando vizinhos ouviram choros vindos de um terreno no Bairro Vila Nova e se depararam com a cena assustadora.


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Segundo a Polícia Civil, o bebê, do sexo masculino, estava sendo mordido por cães quando foi resgatado por dois moradores. A criança chorava muito e já apresentava ferimentos graves, incluindo a amputação de parte da orelha e de um dos pés. Em estado crítico, ele foi transportado de helicóptero para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, onde permanece internado.



O imóvel da família, localizado ao lado do lote onde o bebê foi encontrado, estava parcialmente aberto quando os policiais chegaram. No interior da casa, foi localizada uma toalha com grandes marcas de sangue no quarto indicado como sendo da adolescente, de 16 anos, suspeita de ser a mãe da criança.


A mãe da adolescente, de 36 anos, e o padrasto, de 39, foram presos em flagrante. Eles teriam visto o bebê no terreno, ainda vivo, e não prestaram socorro. Ambos foram levados para o presídio de Capelinha, conforme informou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).



Já a adolescente foi localizada em uma área rural, na casa de parentes. Inicialmente, negou ter dado à luz, alegando usar cinta apenas para afinar a cintura. Contudo, o exame médico realizado em uma policlínica apontou lacerações perineais, sangramento ativo e sinais típicos de parto recente.


Ela foi apreendida por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio qualificado. Segundo a Polícia Civil, a jovem foi ouvida e aguarda decisão do Ministério Público sobre uma possível internação.



Testemunhas relataram que suspeitavam da gravidez da adolescente, mas a gestação era ocultada pela família. Choros de bebê foram ouvidos na noite anterior ao resgate. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital onde o recém-nascido está internado, não divulgou o estado de saúde atualizado da criança.


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