Idoso é indiciado por usar documento do irmão falecido para tomar vacina

Ele foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pelo crime de falsidade ideológica

Por Plox

20/05/2021 15h29 - Atualizado há mais de 3 anos

Um idoso de 80 anos foi indiciado por utilizar o documento do irmão falecido de 91 anos para tomar a vacina contra a Covid-19. Ele foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pelo crime de falsidade ideológica. O caso aconteceu em Araguari, no Triângulo Mineiro.

Uma mulher, de 40 anos, casada com o neto do senhor investigado, que o acompanhou no dia de receber a primeira dose do imunizante, também foi indiciada pelo delito. O trabalho investigativo começou no fim de abril, a partir de um registro de ocorrência por parte da Secretaria Municipal de Saúde acerca dos fatos. 

Foto: divulgação 

Conforme relatado, foi identificado que os dados informados no momento da vacinação eram de uma pessoa que havia morrido há nove anos em outro município da região. A partir dos levantamentos, a equipe da Delegacia de Polícia Civil chegou ao senhor de 80 anos.

De acordo com o delegado Rodrigo Luis Fiorindo Faria, foi apurado que o idoso usou os documentos do irmão com a finalidade de tomar a vacina antecipadamente, já que, pelos critérios de idade estabelecidos na campanha, ele precisaria aguardar. Assim, na primeira semana de março, ele compareceu à unidade de saúde acompanhado da mulher, que cedeu a ele o comprovante de endereço usado para o cadastro do paciente.

Ainda segundo Faria, em depoimento, o senhor alegou que utilizou os documentos do familiar, uma vez que temia ficar doente. Já a acompanhante informou que só percebeu que o idoso estava se passando pelo irmão na hora de assinar a planilha de registro de vacinação da unidade de saúde. Ela também disse que emprestou o comprovante de residência ao homem porque ele teria esquecido de levar um.

O inquérito policial já foi remetido à Vara Criminal, e a Promotoria de Justiça formalizou a denúncia, dando início ao processo por falsidade ideológica. “Assim como esse caso, outros fatos de irregularidades na vacinação contra a Covid-19 em Araguari seguem sendo investigados pela PCMG, com apoio do Ministério Público, por meio das Promotorias de Justiça Criminais e da Promotoria de Justiça Curadora da Saúde Pública”, conclui o delegado.

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