Brasil descarta novos casos de gripe aviária e mira retomada das exportações

Ministro Carlos Fávaro projeta reconhecimento de área livre da doença em 28 dias, após desinfecção de granjas afetadas

Por Plox

20/05/2025 07h15 - Atualizado há 4 dias

Em coletiva realizada na noite desta segunda-feira (19), o Ministério da Agricultura e Pecuária anunciou que o Brasil descartou os três casos suspeitos mais recentes de gripe aviária (H5N1). A expectativa agora é pela conclusão do processo de desinfecção das granjas afetadas, o que dará início à contagem regressiva para o país se declarar livre da doença e retomar as exportações.


Imagem Foto: Agência Brasil


Os focos investigados estavam localizados em municípios de três estados: Triunfo e Estância Velha, no Rio Grande do Sul; Gracho Cardoso, em Sergipe; e Nova Brasilândia, no Mato Grosso. De acordo com o ministro Carlos Fávaro, a última desinfecção deve ser finalizada na quarta-feira (21). Com isso, se inicia o chamado “marco zero” de 28 dias sem novas ocorrências. Caso não surjam novos focos nesse período, o Brasil poderá se autodeclarar livre da gripe aviária.


O ministro explicou que o fim do ciclo da doença é essencial para restabelecer a confiança do mercado internacional: \"A partir de quarta, se a gente conseguir anunciar esse marco zero, à medida que o tempo vai passando, a confiança do mercado também vai retornando\", declarou.



Desde maio de 2023, o Brasil investigou 2.885 casos suspeitos e confirmou 166. Atualmente, diversos países mantêm embargos à carne de frango brasileira. Entre as suspensões totais estão as da China, União Europeia, México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Também estão com embargos sanitários completos países como África do Sul, Rússia, Peru, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão e Siri Lanka.


Há restrições parciais em vigor: Cuba e Bahrein proíbem apenas a importação de carne oriunda do Rio Grande do Sul, enquanto Japão e Cingapura mantêm barreiras para áreas situadas num raio de 10 km a partir do foco registrado em Montenegro (RS).



O governo aposta na retomada progressiva da confiança internacional com a ausência de novos registros da doença e no cumprimento dos protocolos sanitários exigidos para exportação. A resposta rápida e a eliminação de focos são apontadas como fundamentais para reverter as perdas impostas pelo embargo global ao setor avícola brasileiro.



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