Chefe do tráfico é preso em BH com ligação ao Comando Vermelho e rota para Europa
Junim RDA, apontado como número dois da OTA, liderava bocas de fumo na Grande BH, promovia bailes funk e ostentava vida de luxo
Por Plox
20/05/2025 08h11 - Atualizado há 2 dias
Conhecido como Junim RDA, Júnior de Oliveira Magalhães, de 37 anos, foi preso sob a acusação de comandar uma das principais frentes do tráfico de drogas no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Apontado como o número dois da facção Organização Terrorista Arara (OTA), Junim tinha forte influência nas ruas e estaria envolvido diretamente com o Comando Vermelho, facção criminosa originária do Rio de Janeiro.

De acordo com informações obtidas pela reportagem, Junim RDA havia assumido o controle de várias bocas de fumo espalhadas pela Grande BH, incluindo os bairros Jardim Teresópolis e Vila Cristina, em Betim, e Vaco das Cobras, Jardim Laguna e São Luís, todos em Contagem. Além disso, ele seria o responsável por organizar festas e bailes funk em pontos conhecidos da Serra, como o baile da rua da Água e o baile do Campinho.
A prisão do suspeito aconteceu no cruzamento entre a rua da Água e a rua Alípio Gular, durante uma operação conduzida pelo Gepar 7 do 22º Batalhão da Polícia Militar. Segundo o sargento Souza, responsável pelo atendimento da ocorrência, o filho do traficante, de apenas 15 anos, também participa do universo do luxo, promovendo festas em diversos locais. \"As fontes indicam que ele tem um alto poder aquisitivo devido ao seu envolvimento com o tráfico de drogas\", afirmou o policial.
Outro dado que chama atenção é a suspeita de que Junim tenha estruturado uma rota de tráfico internacional com destino à Europa. Essa conexão internacional reforça a complexidade da atuação do criminoso e a articulação da OTA com outras facções nacionais e internacionais. Junim estaria subordinado apenas a Alex Calcinha, considerado o líder máximo da organização, preso em 2019 na cidade de Galileia, no Vale do Rio Doce.
A defesa de Júnior de Oliveira Magalhães não autorizou contato com o preso e também não quis conceder entrevista sobre o caso.