Governo de Minas condiciona reajuste geral em 2026 à decisão do Congresso

Mateus Simões afirma que veto de Lula ao Propag comprometeu finanças do Estado e impede reajuste em 2025

Por Plox

20/05/2025 07h35 - Atualizado há 2 dias

Durante a inauguração da nova Unidade de Atendimento Integrado (UAI) de Contagem, o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, reafirmou que o reajuste salarial geral para os servidores estaduais só será possível em 2026, caso o Congresso Nacional derrube dois vetos presidenciais relacionados ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag).


Imagem Foto: IMPRENSA


Segundo Simões, os vetos impostos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva representam um impacto de R$ 2,5 bilhões por ano nas finanças de Minas Gerais, tornando inviável a concessão de aumentos em 2025. Ele alegou que as medidas vetadas envolvem o uso do saldo do Fundo de Desenvolvimento Regional para o pagamento de dívidas e o parcelamento de débitos com garantias, o que, mesmo sendo tecnicamente justificável, acaba por pressionar o caixa estadual.



Se o Congresso derrubar esses dois vetos, haverá condições de conceder um reajuste geral no próximo ano (2026). Para este ano, o caixa está totalmente estrangulado por esse excesso de obrigações criadas pelo governo federal

, afirmou o vice-governador.


A fala veio dois dias após o governador Romeu Zema sancionar um reajuste específico de 5,26% para os profissionais da educação, com retroatividade ao mês de janeiro. Esse aumento, no entanto, não se estende aos demais servidores do Estado. Em declarações anteriores, como em março deste ano, Simões já havia responsabilizado os vetos presidenciais pelo impedimento de recompor as perdas inflacionárias prometidas para 2025.



A cerimônia onde o vice-governador se pronunciou marcou a entrega da nova UAI de Contagem, unidade destinada exclusivamente à emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). A nova estrutura tem capacidade para atender até 440 pessoas por dia e amplia para 55 o número de unidades em operação em todo o território mineiro.


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