Primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebe alta em SP

O paciente relatou sobre a importância do seu isolamento para não contaminar outras pessoas

Por Plox

20/06/2022 14h15 - Atualizado há quase 2 anos

Nesta segunda-feira (20), o primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos, Anderson Ribeiro, de 41 anos, recebeu alta no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo. Anderson ficou por 14 dias isolado e saiu com as feridas cicatrizadas. 

O homem realizou uma viagem para a Europa e passou por Portugal e Espanha.  Ele contou que foi na viagem para comemorar o aniversário da mãe e leva-lá para conhecer a Europa. 

“Minha viagem foi por um motivo tão lindo, que era levar minha mãe para conhecer a Europa e comemorar o aniversário dela lá. Ela amou", contou. 

No final de maio, Anderson relatou que começou ter alguns sintomas da doença. Mas, a confirmação só veio no dia 9 de junho em um diagnóstico do Instituto Adolfo Lutz. Apesar do teste positivo, ele comemorou pela família está bem.

“As pessoas com quem eu tive contato, não tiveram o vírus e isso é maravilhoso. Meu isolamento protegeu muitas pessoas. Isso é importante”, disse.

 

Anderson Ribeiro, 41 anos - Foto: Arquivo Pessoal

 

 

A mãe de Anderson segue sendo monitorada pelo Instituto. Depois do isolamento completo, ele ainda frisou sobre as feridas que já estão cicatrizadas e voltou a falar sobre a importância de se prevenir e se cuidar contra as doenças contagiosas.  

“O tempo era necessário para as feridas secarem e o vírus deixar de ser transmissivo. Eu não tive Covid mas essa doença reforçou em mim a ideia de que quando a gente se cuida e toma as atitudes corretas frente a uma doença contagiosa, esse autocuidado protege os outros. Ficar isolado não é bom, mas foi necessário e isso me ajudou passar esses dias”, completou. 

Depois de sair do isolamento, Anderson disse que só quer ver os amigos, familiares e os animais da casa. “Estou cheio de saudades da minha mãe e dos meus amigos. Mesmo falando por videochamada todos os dias, nada substitui um abraço.”

 

Anderson Ribeiro no Instituto onde esteve isolado - Foto: Arquivo Pessoal

 

Além de reencontrar a família, ele relatou que quer voltar a trabalhar, mas, desta vez, vai mudar sua rotina e priorizar as coisas mais importantes. 

 “Voltar à minha rotina de trabalho e projetos que ficaram parados. Tive muito tempo para pensar e perceber como a correria do dia a dia faz a gente esquecer de coisas importantes. Mudanças na rotina acontecerão com certeza”, finalizou.


 

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