Ex-prefeita de Santa Luzia e associados enfrentam sérias condenações por corrupção e lavagem de dinheiro.

Roseli foi responsabilizada por um total de oito delitos contra a administração pública, dos quais seis são relacionados à lavagem de dinheiro. No entanto, em maio, ela foi inocentada de uma acusação de homicídio.

Por Plox

20/07/2023 06h28 - Atualizado há cerca de 1 ano

A ex-prefeita de Santa Luzia, Roseli Ferreira Pimentel, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, recebeu uma condenação de 36 anos, 1 mês e a pagar uma multa avaliada em quase R$ 372 mil. As acusações envolvem lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, bem como associação criminosa. A sentença foi emitida pela 3ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da cidade e veio à luz pública na última sexta-feira (14).

As investigações, conduzidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), identificaram a aquisição de um imóvel avaliado em R$ 3 milhões, alegadamente adquirido com verbas públicas desviadas e associadas a propinas. Adicionalmente, o órgão judiciário levantou suspeitas de que Roseli, juntamente com seu marido, Efraim da Silva Dias, e o empresário Paulo Eduardo Berbert, formaram uma coalizão com o propósito de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

 

Foto: Reprodução

Condenações detalhadas Roseli foi responsabilizada por um total de oito delitos contra a administração pública, dos quais seis são relacionados à lavagem de dinheiro. No entanto, em maio, ela foi inocentada de uma acusação de homicídio. Contudo, há a possibilidade de recurso para ambas as decisões.

Efraim Silva Dias, por sua vez, teve uma condenação de 21 anos em regime fechado e a obrigação de pagar 300 dias-multa. O empresário Paulo Eduardo Berbert Lopes foi condenado a 29 anos e 10 meses de reclusão, juntamente com o pagamento de 470 dias-multa. Ambos têm o direito de recorrer em liberdade.

Outras questões judiciais envolvendo Roseli Em um caso separado, em maio, Roseli Pimentel e outros quatro acusados foram absolvidos da participação na morte do jornalista Maurício Campos Rosa, que ocorreu em 2016. Apesar da absolvição deste crime grave, Roseli e o ex-assessor Alessandro de Oliveira Souza foram considerados culpados de desvio de fundos públicos.

Já em 2017, durante seu mandato como prefeita, Roseli foi detida preventivamente devido às suspeitas de envolvimento na morte do referido jornalista. Em dezembro desse mesmo ano, uma decisão do STJ concedeu a ela o direito à prisão domiciliar, alegando que ela tinha um filho menor de 12 anos. Posteriormente, em 2018, no dia anterior a seu depoimento perante uma Comissão da Câmara Municipal de Santa Luzia, a então prefeita renunciou ao cargo.

Trajetória política Em 2012, Roseli assumiu o cargo de vice-prefeita ao lado do candidato Calixto. Em 2016, ela concorreu ao cargo de prefeita, venceu as eleições, mas posteriormente foi destituída de suas funções por decisões judiciais associadas a irregularidades na chapa eleitoral e denúncias de improbidade. A trajetória de Roseli na política de Santa Luzia foi marcada por controvérsias e reviravoltas judiciais, resultando em sua renúncia ao cargo em 2018.

 

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