Uso de hipnose e sadomasoquismo: professor em MG é demitido por assédio

As investigações sobre as denúncias culminaram na comprovação do crime em cinco dos casos apurados

Por Plox

20/07/2023 06h32 - Atualizado há cerca de 1 ano

O Diário Oficial do Estado de Minas Gerais trouxe à tona, na última terça-feira (18/7), a demissão de um professor, pertencente ao departamento de História da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O docente, de 46 anos, estava indiciado por assédio sexual, tendo sido afastado de suas funções pela instituição desde outubro do ano anterior.

As justificativas para a exoneração se basearam no não cumprimento dos deveres relacionados à sua função, o que culminou em uma conduta inapropriada. O servidor demitido possui um período de dez dias para apresentar, caso deseje, um pedido para reconsideração da decisão.

 

Foto: Divulgação Diário do comércio~/Reprodução

Métodos de Abuso Perturbadores Utilização de hipnose e sadomasoquismo em salas de aula

De acordo com as denúncias apresentadas pelas vítimas, o professor se utilizava da prática da hipnose para cometer os abusos. Os atos incluíam práticas ligadas ao sadomasoquismo, ocorrendo nas salas de aula da universidade. A coordenadora do curso de História foi a responsável por expor o caso, revelando que os atos contra as alunas tiveram início entre os anos de 2019 e 2020. Além disso, relatos angustiantes de algumas vítimas detalham que elas foram vendadas, amarradas e amordaçadas pelo professor, enquanto eram submetidas a práticas de BDSM.

Investigação e Consequências Legais Detalhes do inquérito e posição da justiça

As investigações sobre as denúncias culminaram na comprovação do crime em cinco dos casos apurados. Durante uma entrevista ao jornal Estado de Minas, a delegada Karine Maia, encarregada do inquérito, caracterizou o professor como uma pessoa manipuladora que se valia de jogos de sedução para cometer seus crimes.

A autoridade destacou: "Ele aproveitava da condição de professor, intimidava e constrangia as vítimas, as coagia a ceder a favores sexuais".

Apesar de o professor ter sido indiciado em março do mesmo ano pelos crimes de assédio sexual, ato libidinoso e outros delitos contra a dignidade sexual, ele não chegou a ser preso. Atualmente, o inquérito policial está encaminhado ao fórum da região, aguardando as decisões judiciais subsequentes.

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