Após decisão do STF, deputado que pediu tornozeleira para Bolsonaro comemora medida

Rogério Correia afirma que temia plano de fuga do ex-presidente e destaca importância da restrição para preservar a democracia

Por Plox

20/07/2025 13h24 - Atualizado há 1 dia

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) comemorou publicamente a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de impor medidas restritivas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo a determinação do uso de tornozeleira eletrônica.


Imagem Foto:  Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados


Segundo o parlamentar, a solicitação foi feita há dois meses, em conjunto com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), por receio de que Bolsonaro tentasse deixar o país, como já haviam feito outros aliados políticos, entre eles Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli. Correia argumentou que a fuga de Eduardo para os Estados Unidos e suas articulações contra a democracia brasileira motivaram a primeira petição encaminhada ao STF e à Procuradoria-Geral da República (PGR).



Além da tornozeleira, Rogério Correia também pediu à Corte que Bolsonaro fosse impedido de se aproximar de embaixadas, principalmente a dos Estados Unidos, e de sair de Brasília sem autorização judicial. O deputado relembrou ainda que reforçou o pedido no dia 10 deste mês, após Donald Trump demonstrar abertura para receber o ex-presidente norte-americano, o que, na visão dele, indicava um novo plano de fuga com o intuito de desestabilizar o país.



A decisão do STF, segundo Correia, é acertada e necessária diante das ameaças à soberania nacional e ao processo democrático. Ele também destacou sua participação na CPMI que investigou os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. O relatório final da comissão indicou 61 pessoas, incluindo Bolsonaro, por crimes como associação criminosa, violência política, tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de direito.


A expectativa agora, segundo o deputado, é que o julgamento no Supremo ocorra a partir de meados de agosto, com a sentença sendo proferida até setembro. Correia acredita que, com as provas reunidas pela CPMI, Polícia Federal e PGR, o ex-presidente será condenado.


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