Prefeito e vice do Pará perdem cargos por compra de votos e nova eleição é marcada

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) decidiu que os eleitores do município de Muaná, localizado no arquipélago de Marajó, deverão retornar às urnas no dia 5 de outubro de 2025 para escolher novos prefeito e vice-prefeito em uma eleição suplementar.

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A medida foi tomada após o Tribunal cassar, por maioria, os diplomas de Marcos Paulo Barbosa, conhecido como Birizinho (PSD), e de seu vice, Gilmar Nunes (PSDB), eleitos no primeiro turno da eleição de 2024 com 12.946 votos, o que corresponde a 51,76% dos votos válidos.

Birizinho e Gilmar foram condenados por captação ilícita de sufrágio — prática caracterizada pela compra de votos durante o período de campanha eleitoral. A decisão foi oficializada pela Corte Eleitoral na última quinta-feira (17), quando também foi aprovada, por unanimidade, a resolução que estabelece a data e orientações do novo pleito.

Embora ainda possam concorrer a cargos públicos futuramente, os dois políticos estão impedidos de continuar exercendo suas funções atuais. Enquanto a nova eleição não ocorre, o comando da Prefeitura de Muaná ficará sob responsabilidade do presidente da Câmara Municipal, vereador Bruno do Salmista (PSD), que assume o Executivo de forma interina.

A cassação da chapa também teve repercussão sobre o ex-prefeito da cidade, Éder Magalhães, conhecido como Biri Magalhães (PSC), acusado de ser o principal articulador das irregularidades.

De acordo com o Ministério Público, um vídeo gravado em outubro de 2024 mostra Biri entregando dinheiro a um casal na comunidade de Ponta Negra, zona rural do município, supostamente em troca de apoio político à chapa de Birizinho e Gilmar. O casal identificado confirmou a abordagem em depoimento.

A eleição suplementar seguirá os mesmos moldes do pleito regular, com votação entre 8h e 17h, segundo o TRE-PA.