Trump ameaça bloquear GPS e satélites no Brasil em retaliação diplomática

A tensão entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos atingiu um novo patamar com a possibilidade de sanções inéditas por parte do presidente norte-americano Donald Trump. De acordo com fontes ligadas ao Departamento de Estado dos EUA, as medidas em estudo incluem o bloqueio do acesso a sistemas de satélites e GPS no território brasileiro, além de aumento de tarifas comerciais, que podem passar de 50% para até 100%, e até mesmo sanções envolvendo a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Foto: Casa Branca

A reação norte-americana teria sido desencadeada pelas recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na sexta-feira (18), Moraes determinou medidas restritivas e autorizou operações da Polícia Federal que envolveram mandados de busca e apreensão em residências ligadas ao ex-presidente.

Segundo o Painel, da Folha de S.Paulo, aliados de Bolsonaro foram alertados por membros do Departamento de Estado norte-americano de que a revogação de vistos dos magistrados do STF — incluindo Moraes e outros seis ministros — é apenas o início de uma série de retaliações diplomáticas. A expectativa é de que a próxima semana, a partir do dia 21, seja marcada por novas ações duras do governo norte-americano.

\"O Brasil terá uma longa semana a partir do dia 21\", teria afirmado uma fonte ligada à diplomacia dos EUA a interlocutores bolsonaristas

Outro elemento que reforçou a tensão foi a declaração atribuída a Trump, em que o presidente americano teria considerado a decisão do STF como uma “declaração de guerra contra ele e os Estados Unidos”. Essa percepção intensificou os planos de resposta imediata por parte da Casa Branca.

Além das sanções diplomáticas, a possibilidade de aumento tarifário pode impactar diretamente setores estratégicos da economia brasileira, principalmente exportações do agronegócio e produtos industriais. O bloqueio de acesso a satélites e sistemas de GPS, se concretizado, afetaria desde a navegação civil até operações comerciais e logísticas, com reflexos em transportes, aviação e comunicações.

As movimentações indicam que a crise diplomática entre os dois países pode se aprofundar rapidamente, com implicações diretas na política interna brasileira e no comércio exterior. Até o momento, o governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre as ameaças.