Passageiro de ônibus escreveu cartazes para polícia durante sequestro
Professor estava mais ao fundo do ônibus e acabou ajudando na ação policial
Por Plox
20/08/2019 15h45 - Atualizado há cerca de 5 anos
O sequestrador do ônibus na ponte Rio-Niterói nesta manhã de terça-feira, William Augusto da Silva, tinha dito que pretendia entrar para a História. A afirmação foi de um dos passageiros do coletivo, o professor de Geografia, Hans Miller Moreno, 34 anos.
O ônibus ficou parado por cerca de quatro horas no meio da ponte, com 37 vítimas em poder de William, nesta terça-feira, 20 de agosto. Conforme Hans Miller, “ele [William] anunciou que o ônibus estava sendo sequestrado, mas falou que não queria agredir ninguém, que não queria os nossos pertences. Só falou que no final do dia a gente iria ter muita história para contar", relembra.
Professor Hans Miller conseguiu se comunicar com a polícia por cartazes- Foto: Divulgação
William pegou uma faca e atacou a câmera de segurança do coletivo, ficando na dianteira do ônibus todo o tempo. Já Hans Miller, que estava mais ao fundo, conseguiu se comunicar com as forças de segurança, escrevendo aos policiais informações do que acontecia no veículo. Foram dois avisos mostrados no vidro, na frente da cortina.
Para se acompanhar nas coberturas jornalísticas da imprensa, o sequestrador chegou a pedir aos passageiros um celular. Outra vítima, que desmaiou duas vezes no coletivo, disse que William afirmou não querer atacar ninguém e que somente ele sairia morto do ônibus. O sequestrador foi executado a tiros por um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) quando saiu e tentava voltar ao transporte.
Atualizada: 00h08 de 21/08/19