Quatro pessoas são acusadas de aplicar golpes em atores e jogadores; Juliana Paes perdeu cerca de R$ 500 mil

Quatro pessoas são acusadas de aplicar golpes em atores e jogadores de futebol. A quadrilha oferecia propostas e prometia retorno financeiro para investimentos acima da média. Juliana Paes, Murilo Rosa e jogadores de um time carioca estão entre as vítimas.

O Ministério Público apresentou, em maio, denúncia à Justiça de São Paulo, que tornou réus por estelionato e associação criminosa quatro indivíduos. A justiça negou o pedido de prisão preventiva dos envolvidos e disse que a investigação irá buscar bens dos acusados para conseguir recuperar danos causados às vítimas.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, um dos envolvidos criou a empresa que consistia em comprar automóveis seminovos e depois revender a comerciantes, com rentabilidade prevista de 4% a 8%. Os comparsas recrutavam investidores e se beneficiavam da divisão da rentabilidade do golpe.

"Eles pagavam para as vítimas, durante certo tempo, alguns meses, o lucro sobre o rendimento, fazendo com que as pessoas acreditassem que era verdadeiro o investimento e trouxessem, assim, mais pessoas", afirmou a promotora Celeste Leite dos Santos ao G1.

Os golpistas remuneravam os investidores antigos com o dinheiro que ganhavam nas aplicações dos novos investidores, não havendo de fato a operação de investimento. Dois integrantes do esquema tiveram a prisão temporária decretada em maio, mas foram soltos cinco dias depois. Em depoimento, eles negaram o esquema.

A promotora afirma que os outros dois acusados eram responsáveis por irem atrás das vítimas para apresentar aos estelionatários. Eles afirmaram que não sabiam que se tratava de um golpe. No entanto, a PC teve acesso a mensagens em que eles comentavam sobre as vítimas e o dinheiro obtido.

A atriz Juliana Paes perdeu R$ 480 mil, mas não quis prestar depoimento ao Ministério Público. Um advogado que representa a famosa levou as informações ao MP. Já o ator Murilo Rosa esteve no MP de São Paulo e passou pessoalmente as informações.

"Pedimos danos morais e danos materiais no caso de sentença de condenação dos envolvidos. Alguns perderam R$ 478 mil, outros R$ 280 mil, outro 84 mil. São quantias expressivas. Mas não estamos encontrando bens dos criminosos para bloquear", afirmou a promotora. "A nossa luta é pelo estatuto das vítimas. Pedimos uma cautelar e estamos tentando localizar os bens em poder da quadrilha para apreensão, pedimos e estamos procurando [estes bens]", disse Celeste.