Talibã declara sistema Islâmico “sem democracia” no Afeganistão

Estrangeiros aceleram saída do país e alguns acabam perdendo a vida durante a tentativa

Por Plox

20/08/2021 15h31 - Atualizado há cerca de 3 anos

Uma declaração do Talibã, nessa quinta-feira (19), assustou o mundo. Os líderes do movimento afirmaram que implantaram no Afeganistão um regime “sem democracia“. O país agora passou a se chamar Emirado islâmico do Afeganistão. Trata-se da mesma nomenclatura usada em 1996, quando o grupo extremista assumiu o poder daquele país.

Os líderes afirmaram que as leis que serão implantadas certamente serão tão rígidas quanto as que existiam da outra vez. Ainda segundo os líderes, não há a menor possibilidade de que algum regime democrático seja estabelecido no país. 

Veja o vídeo:

 

Em Brasília, circula informação de que Ministério das Relações Exteriores poderá conceder vistos humanitários para afegãos que queiram vir para o Brasil. Esses vistos seriam semelhantes aos concedidos aos haitianos e aos sírios. Segundo informações, o Governo brasileiro acompanha “com preocupação” o agravamento da situação no Afeganistão. 

 

Ao que tudo indica, um conselho religioso será montado para governar o país, totalmente debaixo da lei islâmica. As declarações coincidem com o dia de comemoração da independência do Afeganistão. O grupo que está no poder reagiu com violência aos pequenos sinais de resistência dentro do país. 

Nas redes sociais, muitos vídeos mostram cenas de brutalidade cometidas por membros do grupo. Nas manifestações ocorridas no dia de hoje na capital o Cabul e em outras cidades, segundo algumas agências internacionais, foram registradas algumas execuções feitas pelo grupo Talibã. Diante dos anúncios de endurecimento do regime, vários países intensificaram a retirada de seus cidadãos daquele país. Alguns diplomatas estariam tendo dificuldades para deixarem o Afeganistão. As orientações são de que eles e os colaboradores que desejem sair  façam isso com a maior urgência possível. 

Foto: reprodução

 

Os Estados Unidos têm demonstrado o maior interesse na retirada de seus compatriotas. 6 mil militares foram enviados ao aeroporto de Cabul para dar proteção a retirada de cerca de 30 mil americanos e alguns afegãos que trabalhavam para os Estados Unidos. Mas até o momento, somente cerca de 5 mil pessoas conseguiram sair. Espanha, Alemanha, Reino Unido e Turquia também estão se empenhando para retirar seus cidadãos do Afeganistão.


 

Destaques