Deputado Caporezzo chama Zema de 'canalha' e defende Eduardo Bolsonaro

Durante uma sessão realizada nesta terça-feira (19/8) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Caporezzo (PL) fez duras críticas ao governador Romeu Zema (Novo), chamando-o abertamente de 'canalha'. A declaração foi motivada por falas do governador mineiro no último sábado (16/8), durante o evento de lançamento de sua pré-candidatura à Presidência da República.

Na ocasião, Zema teria feito críticas às ações de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que tenta convencer autoridades dos Estados Unidos a aplicar sanções contra membros do Judiciário brasileiro. Tais declarações geraram forte reação de Caporezzo, que usou a tribuna para defender o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e criticar a postura de Zema diante da base bolsonarista.

'É um canalha. Ataca o único homem (Eduardo Bolsonaro) que está conseguindo responsabilizar um violador de direitos humanos, que levou o Poder Judiciário para o desprestígio, que prendeu 2 mil inocentes'

, afirmou o parlamentar, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pela prisão domiciliar de Bolsonaro.

Caporezzo também reforçou o posicionamento de Carlos Bolsonaro, outro filho do ex-presidente, e cobrou do governador uma definição clara de lado político. Segundo ele, figuras como Zema tentam agradar tanto os apoiadores de Bolsonaro quanto defensores do STF, em um movimento que estaria fragmentando a direita.

'Querem ficar bem com todo mundo, e ainda acusam de estar dividindo a direita'

, concluiu.

O parlamentar ainda criticou Zema por não ter participado dos atos de 3 de agosto, organizados por movimentos de direita contra a prisão domiciliar de Bolsonaro. Caporezzo alegou que o governador busca apoio na base bolsonarista, mas não tem se posicionado com clareza em defesa do ex-presidente.

O episódio evidencia as dificuldades para unificar a base eleitoral da direita em Minas Gerais, especialmente às vésperas das eleições de 2026. Enquanto Zema articula sua pré-candidatura presidencial e tenta consolidar apoio ao nome do vice-governador Mateus Simões (Novo) para disputar o governo estadual, parte da direita cobra lealdade ao legado bolsonarista e critica posturas consideradas ambíguas dentro do próprio campo conservador.