Laudo aponta hemorragia e politrauma como causas da morte de Sther após espancamento em baile funk no Rio
Jovem foi enterrada sob forte emoção; família alega estupro e cobra justiça. Suspeito é traficante foragido com 12 mandados de prisão.
Por Plox
20/08/2025 17h24 - Atualizado há 17 dias
O laudo do Instituto Médico-Legal confirmou que Sther Barroso dos Santos morreu em decorrência de hemorragia subaracnóide, traumatismo craniano e politrauma. A jovem, de 20 anos, foi espancada até a morte após participar de um baile funk em Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O enterro ocorreu na manhã desta quarta-feira (20), no cemitério de Ricardo de Albuquerque, marcado por forte comoção de familiares e amigos. Durante a cerimônia, a mãe da vítima, Carina Couto, fez um apelo emocionado por justiça, afirmando que não aceitará que o caso fique impune. Amigos e parentes usaram camisas com a foto da jovem como forma de homenagem.
A família afirma ainda que Sther foi estuprada antes de ser morta. O principal suspeito é Bruno da Silva Loureiro, conhecido como “Coronel”, apontado como chefe do tráfico no morro do Muquiço, em Realengo. Ele possui 12 mandados de prisão em aberto e está foragido. Segundo relatos, Sther já havia se relacionado com o criminoso, mas se mudou para a Vila Aliança com a mãe na tentativa de se afastar dele.
A irmã da vítima, Stefany, relatou nas redes sociais que o corpo da jovem foi entregue desfigurado na porta da casa da mãe. Em publicações, ela expressou indignação e revolta, chamando o suspeito de covarde. Poucas horas antes da agressão, Sther foi filmada dançando em um baile funk, em um dos últimos registros de sua vida.
Amigos também compartilharam nas redes sociais trechos de um caderno de metas escrito por Sther, onde ela planejava terminar os estudos, fazer cursos, adotar um cachorro e mudar de vida. “Ela tinha tantos sonhos que foram destruídos de forma cruel”, disse uma amiga próxima.
De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), somente no primeiro semestre deste ano, 49 mulheres foram mortas em casos de feminicídio no estado do Rio de Janeiro. A Delegacia de Homicídios da Capital segue investigando o caso.