Médico é preso por se masturbar em condomínio e espiar vizinhas no Recife

Um médico de 32 anos, identificado como Igor José Diniz, foi preso em flagrante no Recife (PE) após ser flagrado se masturbando no corredor de um condomínio e observando os apartamentos de suas vizinhas. O crime ocorreu na última terça-feira (17/9), e uma das vítimas, que preferiu não se identificar, relatou ter vivido "dias de terror" devido ao comportamento do agressor, que já havia sido denunciado anteriormente, sem que nenhuma medida fosse tomada.

Moradora relata medo e omissão do condomínio

A mulher, que mora sozinha no prédio, revelou que já vinha observando atitudes suspeitas do médico desde junho de 2024. Ela chegou a denunciar o comportamento dele na época, mas não houve qualquer ação por parte da administração do condomínio. "Eu achei que o síndico, uma pessoa de confiança, iria resolver a situação, mas nada foi feito", desabafou a vítima em entrevista ao g1.

A primeira vez que o médico foi flagrado ocorreu quando ele foi visto no corredor com a mão dentro da calça. A moradora, que estava saindo para pegar uma encomenda na portaria, percebeu que o homem rapidamente disfarçou o comportamento. Dias depois, ela conseguiu gravar um vídeo que capturava o reflexo do agressor na televisão, espiando seu apartamento e o de outras vizinhas, mas o material foi considerado insuficiente pela polícia na ocasião.

Flagrante e prisão

Após semanas sem vê-lo, a mulher voltou a perceber a presença do médico rondando pelo corredor. Com a ajuda de outro morador, ela conseguiu filmar novamente as ações do homem, o que resultou na prisão em flagrante. O 13º Batalhão da Polícia Militar foi acionado e, ao chegar no local, encontrou o médico detido pelos vizinhos até a chegada da polícia. Ele foi conduzido à Central de Plantões da Capital (Ceplanc), onde foi autuado por importunação sexual.

Liberdade provisória e medidas restritivas

Apesar de ter sido preso em flagrante, Igor José Diniz foi liberado após audiência de custódia realizada na quarta-feira (18/9), mediante o pagamento de fiança no valor de cinco salários mínimos. No entanto, ele está sujeito a uma série de medidas restritivas, como a proibição de retornar ao condomínio, de manter contato com a vítima e de se ausentar da cidade sem autorização judicial. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil de Pernambuco.