Haddad não acompanha Lula em viagem à ONU e foca em votação no Congresso

Ministro da Fazenda permanece em Brasília para articular apoio à proposta de isenção do Imposto de Renda

Por Plox

20/09/2025 06h58 - Atualizado há 2 dias

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta sexta-feira (19) que não fará parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na viagem à Assembleia Geral da ONU, marcada para começar na próxima segunda-feira (22), em Nova York. A decisão foi motivada pela possibilidade de o Congresso Nacional votar, ainda na próxima semana, o projeto de isenção do Imposto de Renda, uma das principais pautas da agenda econômica do governo.


Imagem Foto: Ministério da Fazenda


De acordo com Haddad, sua permanência em Brasília é estratégica. “Vou ficar em virtude dessa possibilidade”, declarou o ministro a jornalistas, destacando a prioridade que o governo atribui à aprovação do texto, que pode beneficiar grande parte da população brasileira. Ele deve manter uma atuação direta junto a lideranças partidárias para garantir apoio à proposta, enquanto acompanha à distância os desdobramentos da viagem presidencial.



A ausência do ministro em um evento de grande visibilidade internacional ocorre em um momento delicado nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A administração de Donald Trump anunciou recentemente uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e aplicou sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal, incluindo Alexandre de Moraes. As penalidades foram aplicadas com base na Lei Magnitsky, instrumento utilizado por Washington para punir autoridades envolvidas em corrupção ou violações de direitos humanos.


No cenário político, a decisão de Haddad mostra o esforço do governo em manter a estabilidade interna e garantir avanços na pauta econômica, mesmo em meio a uma crise diplomática crescente com os Estados Unidos. Sua permanência no país busca consolidar a articulação política necessária para aprovar uma das promessas mais aguardadas pela população: a isenção do Imposto de Renda para determinadas faixas salariais.



Enquanto isso, o presidente Lula seguirá para Nova York, onde abrirá oficialmente os trabalhos da Assembleia Geral da ONU. O evento deve ser marcado por discursos sobre geopolítica, clima e democracia, temas que ganham ainda mais peso diante da atual tensão entre Brasília e Washington.


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