Por Plox
20/11/2023 16h25 - Atualizado há 18 diasKristin Fox, uma norte-americana de 42 anos, enfrentou um desafio devastador após contrair influenza: a necessidade de amputar ambas as pernas e os braços devido a complicações graves da doença. O caso, ocorrido em Ohio, Estados Unidos, em 2020, ganhou atenção recentemente após ser reportado pela revista People.
Inicialmente, Fox procurou atendimento hospitalar com uma dor de garganta severa. Diagnósticada com o vírus da influenza, recebeu prescrição médica para tratamento em casa. No entanto, a situação se agravou drasticamente em duas semanas, levando-a de volta ao hospital, incapaz de se levantar sozinha. Os médicos então diagnosticaram pneumonia bacteriana, o que resultou na falência parcial de seus pulmões e rins. Para combater a infecção, Fox foi colocada em coma induzido.
"A situação era tão grave que os médicos alertaram minha família para a possível perda de alguns dedos. Eu senti que estava morrendo", disse Fox à Fox News. Ao despertar do coma, ela descobriu que suas pernas haviam sido amputadas abaixo dos joelhos e os braços, abaixo dos cotovelos.
Um ano após a cirurgia, Fox retomou seu trabalho, adaptando-se à vida com próteses nas pernas e braços. Esses dispositivos permitem que ela realize atividades cotidianas, como escovar os dentes e comer de forma independente.
Este caso ressalta a severidade potencial da influenza e suas complicações, incluindo sepse, uma condição grave causada por infecção que pode levar à falência de órgãos e até à morte. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que cerca de 1,7 milhão de americanos contraiam sepse anualmente, resultando em pelo menos 350 mil mortes. Globalmente, a sepse é responsável por quase 20% de todas as mortes, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, a sepse também é uma grande preocupação de saúde pública, com estimativas da Fiocruz apontando cerca de 240 mil mortes anuais relacionadas à doença. A sepse é uma das principais causas de mortalidade hospitalar no país, superando até mesmo infarto do miocárdio e câncer, com uma taxa de mortalidade de 65%, significativamente maior que a média mundial de 40%.