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    Especialistas alertam para risco de inflação e desemprego sem desoneração da folha

    Possível fim da desoneração em 17 setores pode levar a aumento de preços e perda de empregos, segundo análises

    Por Plox

    20/11/2023 07h51 - Atualizado há 17 dias

    Especialistas alertam que o Brasil pode enfrentar um aumento significativo nos preços e um impacto negativo na inflação caso a desoneração da folha de pagamento não seja prorrogada para os 17 setores que mais geram emprego no país. Esta medida, segundo análises, é crucial para evitar o fechamento de cerca de 1 milhão de postos de trabalho e o consequente aumento no preço final de serviços e produtos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até esta quinta-feira (23) para decidir sobre a sanção ou veto do projeto.

    Consequências da Não Prorrogação da Desoneração O economista Werton Oliveira, em sua análise, enfatiza que a não prorrogação da desoneração terá dois efeitos principais: ameaça aos empregos e aumento dos custos empresariais. Com isso, as empresas poderão ser forçadas a cortar custos, resultando em demissões e aumento dos preços dos produtos, o que pressionará a inflação. Oliveira destaca que esse cenário pode levar a um aumento da inflação a curto prazo e, posteriormente, à diminuição do poder de compra dos brasileiros, afetando negativamente o crescimento econômico.

    Funcionamento da Desoneração e Seus Efeitos A desoneração permite que as empresas substituam a contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários pela incidência sobre a receita bruta. Essa medida busca adequar a contribuição ao nível real da atividade produtiva do empreendimento, permitindo a contratação de mais empregados sem aumentar os impostos. Estudos indicam que a cada 10% de desoneração da folha, há um aumento de 3,4% nos empregos formais.

    Importância da Manutenção da Desoneração Carlos Eduardo Soares de Oliveira Junior, economista e presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (SINDECON-SP), ressalta que a manutenção da desoneração é essencial, principalmente para os setores de comércio e serviço. Ele enfatiza que o fim dessa medida pode levar as empresas a rever contratações, prejudicando a economia. César Bergo, economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), também sublinha a importância da sobrevivência dos setores afetados, ressaltando que um possível veto do presidente pode ser derrubado pelo Congresso, mas as incertezas prejudicam o planejamento das empresas.

    Setores Afetados e a Decisão Presidencial Os setores que podem ser impactados incluem calçados, call center, comunicação, confecção, construção civil, entre outros. A decisão final sobre a continuação da desoneração está nas mãos do presidente Lula, com implicações significativas para a economia brasileira no horizonte.

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