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    Zema busca encontro com lula para discutir dívida de Minas Gerais

    Governador de MG não consta na agenda oficial do presidente, mas mantém expectativas

    Por Plox

    20/11/2023 11h06 - Atualizado há 18 dias

    O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), participou nesta segunda-feira (20) do lançamento do segundo pacote pela Igualdade Racial no Palácio do Planalto, em Brasília. Apesar de todos os chefes de Estado terem sido convidados para o evento, não há registro de um encontro oficial e privado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na agenda oficial. Entretanto, auxiliares do governo mineiro esperam que uma reunião aconteça.

     

    Foto: Agencia Brasil/Reprodução

    Zema, que recentemente retornou de uma missão oficial na Ásia, evitou a imprensa ao chegar no governo federal. O objetivo da viagem a Brasília é buscar, mesmo que atrasado politicamente, um diálogo com Lula sobre a dívida bilionária de Minas Gerais, estimada em R$ 161 bilhões até dezembro. Essa iniciativa surge sob pressão pública sobre o tema.

    Historicamente crítico em relação a Lula, Zema evitou qualquer diálogo com o presidente, apesar de Lula ter a autoridade para negociar sobre a dívida. A bancada mineira em Brasília interpretou essa atitude como ineficaz na busca por uma solução para o impasse financeiro. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, expressou publicamente seu constrangimento com a situação.

    Pacheco teve encontros com Lula no Palácio do Planalto para discutir a dívida estadual e cobrou publicamente que Zema dialogasse com o governo federal. Na última semana, Pacheco também se reuniu com Tadeu Leite (MDB), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e outras lideranças para formular uma proposta alternativa.

    Sob pressão, Zema enviou um ofício ao Senado, solicitando ajuda de Pacheco. As propostas do governador, contudo, não foram incluídas no documento final. Técnicos da Assembleia e do Senado se reunirão para avaliar tecnicamente a questão.

    Zema tem discutido a dívida pública estadual desde 2019, mas somente recentemente tomou medidas efetivas, enviando o plano de adesão do Regime de Recuperação Fiscal para a Assembleia. O prazo para aprovação é 20 de dezembro, data do fim da liminar do Supremo Tribunal Federal que adia o pagamento da dívida. No entanto, o governo enfrenta resistência dos parlamentares, especialmente diante do aumento de 45% da dívida nos últimos anos e das contrapartidas exigidas.

    Por trás dessa busca por soluções, também há movimentações políticas. O PSD de Minas almeja lançar um candidato ao governo nas eleições de 2026, com Pacheco sendo um dos possíveis nomes. Enquanto isso, Zema tenta consolidar seu sucessor, atualmente o vice-governador Matheus Simões.
     

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