Aneel prevê volta da bandeira verde na conta de luz em dezembro

Após um período de bandeiras tarifárias mais elevadas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sinaliza que a bandeira verde, sem cobrança adicional nas contas de luz, pode voltar a vigorar em dezembro. A informação foi destacada pelo diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, que apontou as chuvas e a redução no Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) como fatores decisivos para a possível mudança.

Mudanças recentes nas tarifas
Em outubro, a Aneel adotou a bandeira tarifária vermelha 2, o patamar mais caro, pela primeira vez em três anos, devido ao risco hidrológico e ao aumento no PLD. No mês seguinte, com a melhora nas condições de geração de energia em função das chuvas, a bandeira foi reduzida para amarela, oferecendo um pequeno alívio para os consumidores. Agora, a perspectiva é de uma nova redução, desta vez para a bandeira verde, caso as condições climáticas favoráveis se mantenham.

Declarações sobre a mudança
Em conversa com jornalistas, Sandoval Feitosa afirmou: “Temos alguns sinais, uma maior elevação de chuva, o PLD reduziu o preço. Então, esses indicativos nos dão uma boa tendência. O resto é torcida. Eu estou torcendo para que a bandeira seja verde e que ela fique verde durante muito tempo”.

Além disso, a subsecretária de Política Macroeconômica do Ministério da Fazenda, Raquel Nadal, reforçou a expectativa ao declarar: “Grande parte da diferença pode estar concentrada na diferença da bandeira tarifária para o fim do ano, que no fim é o que altera a projeção final para a inflação de 2024, essa bandeira tende a contribuir com mais ou menos 0,17 ponto percentual”.

Impacto no consumidor e na inflação
A troca para a bandeira verde não apenas trará alívio nas contas de luz, mas também pode influenciar positivamente as projeções de inflação para o próximo ano. A redução de custos no setor elétrico, especialmente em um momento de recuperação das chuvas, é vista como crucial para o equilíbrio econômico.

A confirmação da mudança, no entanto, depende da avaliação das condições climáticas e hidrológicas até o final de novembro.