Decorador some após receber R$ 35 mil e deixa noiva sem respostas às vésperas do casamento

Empresária de Belo Horizonte contratou profissional para cerimônia em Ouro Preto, mas descobriu que serviços não foram pagos.

Por Plox

20/11/2024 10h42 - Atualizado há cerca de 20 horas

Uma empresária de 35 anos, moradora de Belo Horizonte, foi vítima de estelionato após contratar o decorador Guilherme Augusto dos Santos Oliveira, responsável pela empresa "Guilherme Augusto Decorações". Ela desembolsou cerca de R$ 35 mil para a decoração de seu casamento, programado para dezembro em Ouro Preto, mas o profissional desapareceu sem realizar o serviço e sem repassar pagamentos aos fornecedores contratados.

O esquema revelado
A empresária contratou o decorador em novembro de 2023, após conhecê-lo em um evento de casamento. Desde o início, ele solicitava transferências alegando descontos ou necessidade de pagamentos urgentes. “Com o tempo, ele começou a me pedir dinheiro. Dizia: ‘Estou na loja das festas, me faz o Pix, que eu preciso pagar para eles. Consegui um desconto melhor, então você tem que pagar hoje’”, relatou a vítima.

Com o passar dos meses, surgiram boatos sobre a má índole do decorador, mas ele negava as acusações, alegando ser alvo de difamação. A situação se agravou em outubro, quando a noiva descobriu que nenhum fornecedor havia sido pago.

Foto ilustrativa:Pixabay

Cobranças e fuga
Ao pedir um projeto da decoração em setembro, o decorador informou que o planejamento 3D não estava incluído no valor e cobrou R$ 3 mil extras. Mesmo após a empresária concordar em pagar, o profissional não entregou o projeto e começou a ignorar mensagens e chamadas.

Em outubro, um novo sinal de alerta surgiu: uma amiga da vítima, que também havia contratado o mesmo decorador para uma festa de aniversário, relatou que ele desapareceu dias antes do evento.

Danos e repercussão
Com apenas um mês para o casamento, a empresária entrou em contato diretamente com fornecedores, como a responsável pelo bolo e a confeiteira dos doces, descobrindo que ninguém havia recebido pagamentos. Indignada, ela explicou: “Estou correndo atrás disso pela senhora do bolo, pelo prestador de serviço que trabalhou e não recebeu, pelas noivas a quem ele ligava pedindo Pix porque conseguiu um desconto 'especial'.”

Tentando resolver a situação, a noiva tentou cancelar o evento e cobrar um reembolso, mas o decorador desapareceu novamente. Ao publicar sua história nas redes sociais, diversas outras pessoas relataram terem sido vítimas do mesmo profissional. Fornecedores também fizeram denúncias semelhantes, alegando que ele costumava deixar serviços pela metade ou não pagava pelos contratos.

Investigação policial
A empresária registrou um boletim de ocorrência e acionou advogados para dar início a um processo judicial contra o decorador. A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o crime de estelionato é de ação penal pública condicionada, ou seja, é necessário que a vítima represente formalmente para que a investigação seja instaurada.

Até o momento, Guilherme Augusto dos Santos Oliveira não foi localizado. A Polícia Civil orienta que qualquer cidadão lesado procure uma delegacia para registrar queixa e iniciar os trâmites legais.

Críticas no setor e alerta às noivas
Nos comentários do vídeo divulgado pela vítima, relatos semelhantes vieram à tona. Frases como "Ele pede para que esteja tudo pago até o dia do casamento, mas não entregou nenhum serviço" e "Recebe do cliente, contrata, faz o serviço pela metade e some" foram frequentes.

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