Roubo no Rio durante G20 gera questionamentos sobre segurança no Brasil

A ativista climática Licypriya Kangujam, convidada especial do G20 no Brasil, usou suas redes sociais para expressar indignação após sua mãe ter sido vítima de um roubo no Rio de Janeiro. O crime ocorreu no último sábado (17), durante a cúpula que reuniu líderes globais para debater temas estratégicos, como a crise climática. Licypriya, conhecida mundialmente por seu ativismo, destacou a gravidade do ocorrido em um evento cercado por um suposto esquema de alta segurança.

Crime em área de alta segurança
Licypriya relatou que sua mãe teve uma corrente de ouro roubada por dois assaltantes em uma bicicleta enquanto caminhavam pela cidade. Apesar de a polícia estar próxima, ninguém interveio. “A corrente de ouro da minha mãe foi roubada por dois garotos enquanto andávamos no Rio de Janeiro. E ninguém nos ajudou a pará-los, nem mesmo a polícia, quando o ladrão fugiu na frente deles em uma bicicleta”, declarou.

Falta de proteção oficial
A ativista revelou que, antes de sua chegada ao Brasil, sua equipe havia solicitado medidas de segurança ao Gabinete do Presidente. A resposta oficial foi de que tudo estaria sob controle, devido ao caráter de alta segurança do evento. No entanto, segundo ela, não houve qualquer suporte. “Eles falharam em nos fornecer quaisquer medidas de segurança na chegada. Isso é muito lamentável e estamos muito decepcionados”, afirmou Licypriya, evidenciando o desamparo sentido após o episódio.

Impacto internacional e silêncio da imprensa
Apesar de sua relevância global, a denúncia do assalto não ganhou destaque na imprensa brasileira ou internacional. Para Licypriya, o silêncio reforça a preocupação com a imagem que o Brasil transmite ao sediar eventos de grande porte. Ela questionou: “Que mensagem o Brasil está enviando ao mundo com tal incidente em um evento de alta segurança como o G20 e a próxima COP30?”

Participação ativa no G20
Antes do crime, Licypriya participou de um painel no evento no dia 16 de novembro, onde defendeu ações urgentes contra as mudanças climáticas. Em seu discurso, ela ressaltou a necessidade de colaboração internacional para enfrentar a crise. “Todas as crianças deste mundo já são vítimas da crise climática. Mas acredito que as crianças podem liderar essa mudança. Não faz sentido ter casas e carros luxuosos em um planeta morto. Precisamos agir agora”, afirmou.