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População negra é maioria no mercado de trabalho do DF, mas concentra desemprego e informalidade
Levantamento do IPEDF revela que, apesar de pretos e pardos representarem 61,9% dos trabalhadores ocupados no DF, eles seguem maioria em vagas informais, setores precarizados e com ausência de direitos trabalhistas
20/11/2025 às 13:28por Redação Plox
20/11/2025 às 13:28
— por Redação Plox
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A população negra é maioria no mercado de trabalho do Distrito Federal, mas continua concentrada entre os maiores índices de desemprego, informalidade e ocupações precarizadas.
Os dados integram um levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), divulgado nesta quarta-feira (19).
Situação do emprego no Distrito Federal
Foto: Agência Brasil
Em 2024, a população em idade ativa — faixa considerada apta para trabalhar — era majoritariamente negra: 61,9% dos moradores do DF com 14 anos ou mais se declararam pretos ou pardos.
Entre essas pessoas, 65,1% estavam economicamente ativas, o que confirma a maior presença da população negra na força de trabalho do DF.
Na prática, a cada três negros com 14 anos ou mais, dois estavam inseridos no mercado de trabalho em 2024.
De acordo com o IPEDF, a principal razão para a entrada precoce no mercado profissional é a necessidade econômica.
Negros são maioria entre os ocupados, mas em postos mais precarizados
Dos 1,459 milhão de trabalhadores ocupados no Distrito Federal em 2024, 61,9% eram negros — cerca de 903 mil pessoas. Apesar de serem maioria entre os ocupados, essas pessoas se concentram em setores tradicionalmente marginalizados.
O setor de serviços abriga a maior parte desses trabalhadores (70,7%), seguido de atividades com maior exigência física e remuneração mais baixa. A presença negra é mais expressiva em segmentos com trabalho essencialmente braçal, como a indústria da construção, em que 74,3% dos trabalhadores são negros, e a indústria de transformação, com 69,1% de participação negra.
Há ainda uma parcela significativa da população preta e parda inserida em ocupações consideradas ainda mais vulneráveis, que incluem postos de trabalho com pouca proteção social e baixa remuneração.
Informalidade atinge principalmente trabalhadores negros
A pesquisa aponta que 63,5% das pessoas que atuam no mercado profissional sem carteira assinada no DF são negras. Isso reforça o peso da informalidade e da falta de direitos trabalhistas sobre esse grupo.
Para o IPEDF, é preciso compreender o mercado de trabalho como um espaço de disputa e reprodução de desigualdades sociais e raciais.
É necessário compreender o mercado de trabalho como espaço de poder, de construção de identidades e das sujeições econômicas que caracterizam a sociedade brasileira e sua conformação hierárquica, com destaque para persistência de inequidades raciais.
Shutterstock
IPEDF
O levantamento ressalta que a permanência de laços entre a dinâmica heterogênea do mercado de trabalho e o lugar desvalorizado da população negra na sociedade brasileira aparece de forma evidente na escassez de trabalho, nos níveis de precariedade ocupacional e nas diferenças de rendimento, que recaem de maneira recorrente e desvantajosa sobre pretos e pardos.
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