Cardiologista alerta para perigos do vape, incluindo coágulos e derrame cerebral

Cigarro eletrônico de 4ª geração eleva riscos de dependência e danos cardiovasculares

Por Plox

20/12/2023 10h04 - Atualizado há 7 meses

O crescente uso do cigarro eletrônico, conhecido como vape ou pod, tem suscitado preocupações significativas na comunidade médica brasileira, especialmente em relação à sua quarta geração, que se mostra mais viciante do que versões anteriores. A cardiologista Jaqueline Scholz, do Instituto do Coração (Incor) em São Paulo, especialista em tabagismo com 30 anos de experiência, alerta para os perigos associados ao seu uso.

 

 

Foto: Reprodução vídeo

Geração mais viciante Segundo a Dra. Scholz, a quarta geração dos vapes introduziu sabores variados e a adição de sal de nicotina, aumentando significativamente o potencial viciante do produto. “Na quarta geração, com o sal de nicotina, a capacidade de criar dependência é extremamente elevada em relação ao cigarro convencional. Muito aroma, sem fumaça, sem cheiro ruim”, explica a cardiologista.

 

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Estudo revela danos severos Um estudo conduzido pela Dra. Scholz com 32 indivíduos que usavam exclusivamente o cigarro eletrônico revelou danos notáveis ao corpo. Os participantes, em apenas três meses de uso, apresentaram sintomas equivalentes ao consumo de mais de um maço de cigarro convencional por dia. Os efeitos adversos observados incluíram:

  • Aumento da pressão arterial;
  • Contração dos vasos sanguíneos, reduzindo a circulação sanguínea;
  • Aumento da agregação de plaquetas, elevando o risco de formação de coágulos;
  • Riscos acentuados de infarto e derrame cerebral.

 

Alerta aos jovens A médica faz um apelo aos adolescentes para evitarem o início do uso de vapes, enfatizando a dificuldade de abandonar o hábito posteriormente. "Eu diria para um adolescente que não comece (a fumar vape), que isso aí você vai ficar dependente, viciado. E para parar vai ser um transtorno, vai ter que procurar ajuda, tratamento”, ressalta a doutora. Este alerta ganha relevância no contexto do quadriplicar do uso de cigarros eletrônicos no Brasil nos últimos quatro anos, acendendo um sinal de alerta sobre a saúde pública do país.

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