O Ministério Público da Bahia (MPBA) move uma ação civil coletiva contra a cantora Claudia Leitte por suposta prática de racismo religioso, em processo que conta com a participação do Idafro (Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras). A iniciativa judicial tem como base denúncias de alterações em letras de músicas com referências a religiões de matriz africana.
Claudia Leitte está sendo processada pelo MPBA
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As investigações foram motivadas por representações da Iyalorixá Jaciara Ribeiro e do Idafro. Segundo as denúncias, a artista teria promovido a substituição intencional de referências a divindades de matriz africana por termos ligados ao cristianismo em canções de seu repertório.
O caso ganhou repercussão após a circulação de vídeos em que Claudia Leitte, ao interpretar a música “Caranguejo”, troca o verso “saudando a rainha Iemanjá” por “eu canto meu rei Yeshua”, em referência a Jesus em hebraico. De acordo com as denúncias, essa prática ocorre desde 2014.
Na ação, o MPBA e o Idafro pedem o pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 2 milhões. Além da compensação financeira, as entidades requerem retratação pública da cantora e a proibição de novas alterações em músicas que integram o patrimônio cultural afro-brasileiro.
A ação também pede que Claudia Leitte se abstenha de praticar qualquer forma de discriminação religiosa, direta ou indireta, em apresentações, entrevistas e nas redes sociais. As informações sobre o processo foram encaminhadas pelo Idafro à reportagem da CNN Brasil.
A rádio Itatiaia informou que entrou em contato com a assessoria de Claudia Leitte e aguarda manifestação. O espaço permanece aberto para eventual posicionamento, e o conteúdo poderá ser atualizado em caso de resposta da artista.
