Prisão do motorista da carreta bitrem que matou 39 pessoas na BR-116 em Teófilo Otoni é confirmada
Condutor sob efeito de drogas e álcool foi responsável pela tragédia que tirou 39 vidas; juiz decreta prisão preventiva.
Por Plox
21/01/2025 09h59 - Atualizado há 26 dias
O motorista da carreta bitrem que provocou um grave acidente em 21 de dezembro de 2024, na BR-116, próximo a Teófilo Otoni, Minas Gerais, foi preso nesta terça-feira (21) no Espírito Santo. A prisão foi confirmada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, por meio de suas redes sociais.
A colisão, que ocorreu após o desprendimento de um bloco de granito da carreta, resultou na morte de 39 pessoas, entre adultos e crianças, tornando-se a maior tragédia em rodovias federais nos últimos 16 anos.

Investigação aponta negligência e consumo de substâncias ilícitas
A prisão foi decretada pelo juiz Danilo de Mello Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni, após surgirem evidências graves ao longo da investigação. Exames realizados no motorista indicaram consumo de drogas, como cocaína e ecstasy, além de álcool. Também foi constatado que a carreta transportava carga com excesso de peso.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o motorista não cooperou com as investigações, recusando-se a entregar seu celular para análise. A hipótese inicial de que um pneu do ônibus teria estourado perdeu força, já que testemunhas não ouviram qualquer som de explosão no momento do acidente.
A tragédia e o impacto na BR-116
O acidente ocorreu nas primeiras horas do dia 21 de dezembro no km 285 da BR-116, na comunidade rural de Lajinha, em Teófilo Otoni. Envolveram-se na colisão uma carreta bitrem, um ônibus de passageiros e um carro de passeio. O ônibus, pertencente à empresa Emtram, saiu de São Paulo com destino a cidades na Bahia. Todas as 39 vítimas fatais estavam no ônibus. No veículo de passeio, modelo Fiat Argo, havia três passageiros que sobreviveram ao impacto.
Prisão preventiva e revisão judicial
Inicialmente, o motorista havia se apresentado às autoridades dois dias após o acidente, em 23 de dezembro, quando foi submetido a exames clínicos que comprovaram o uso de substâncias ilícitas. Apesar disso, ele permaneceu em liberdade até que novas evidências levaram o juiz Danilo Ferraz a rever a decisão. Segundo o magistrado, a gravidade das infrações e a conduta do condutor justificaram a prisão preventiva.
Plano emergencial após a tragédia
O governo de Minas Gerais ativou um plano de ação para gerenciar grandes desastres rodoviários em resposta ao impacto do acidente. Este caso ressaltou a necessidade de maior fiscalização e medidas preventivas em rodovias federais para evitar tragédias semelhantes.