Encontro de Lula com secretário dos EUA gera expectativas em meio a crise diplomática

Reunião entre Lula e Antony Blinken Aborda Temas Bilaterais; Comentários sobre Israel e Eleições Americanas em Pauta

Por Plox

21/02/2024 10h48 - Atualizado há 8 meses

Em Brasília, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou-se com Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, na manhã desta quarta-feira (21), no Palácio do Planalto. Este encontro marcou a primeira visita oficial de Blinken ao Brasil. As discussões abordaram temas de interesse comum entre Brasil e Estados Unidos, incluindo o apoio americano à presidência brasileira no G20 e a transição para a energia limpa.

 Foto: Ricardo Stuckert/PR

Além disso, as eleições presidenciais dos EUA, programadas para novembro deste ano, também estiveram na agenda. O presidente americano Joe Biden, do Partido Democrata, busca a reeleição, enfrentando possivelmente o ex-presidente Donald Trump, do Partido Republicano.

O contexto desta reunião foi marcado por uma recente crise diplomática envolvendo o Brasil e Israel, após comentários de Lula comparando os ataques de Israel na Faixa de Gaza durante a guerra contra o Hamas ao Holocausto. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu, quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou Lula no domingo (18), durante uma viagem à Etiópia. Estas declarações provocaram reações severas do governo israelense, incluindo críticas do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.

O governo brasileiro convocou de volta ao país o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, após este ser levado para uma reunião no Museu do Holocausto por autoridades israelenses, um ato visto como uma afronta pelo Brasil. Paralelamente, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, foi convocado para prestar esclarecimentos.

Ao chegar ao Palácio do Planalto, Antony Blinken, que é judeu, não respondeu a perguntas sobre se discutiria os comentários de Lula. Matthew Miller, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, já havia manifestado desacordo com os comentários do presidente brasileiro. “Obviamente, nós discordamos desses comentários. Fomos bastante claros que não acreditamos que um genocídio ocorreu em Gaza", declarou Miller.

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